sábado, março 21, 2015

Quem deve pagar são os "CHEFES"

Por Nélio Roças
Realmente é alarmante para milhares de trabalhadores a situação criada pelos delinquentes comandados e arregimentados pelos governos corruptos do PT. Além de quase destruírem a maior empresa pública do país, assaltarem os cofres públicos, formarem a maior quadrilha já vista provavelmente na história, estes energúmenos criaram uma situação de alarme e desespero social.
Caso o ministério publico leve a termo a lei penal, todas as empresas envolvidas no escândalo do Petrolão ficam impossibilitadas de operar no mercado público por período a ser definido, gerando a maior onda de desemprego catalogada no país e levando milhares de pessoas a absoluta bancarrota e a miséria.
Resta a CGU, tentar minimizar essa avalanche de demissões, fazendo o máximo possível de "acordos de leniência" com as empresas envolvidas, de forma a evitar a grande tragédia que se anuncia, fruto de desmandos, que devem ser atribuídos, indiscutivelmente a Dilma Rousseff e Lula.
Aos brasileiros que estão nas ruas, lutando por justiça, cabe a difícil tarefa de aceitar, mesmo com "sangue nos olhos" uma provável condescendência da CGU e da justiça com o "bando de empresários" que juntos a quadrilha petista sangraram a Petrobras, e exigir a punição dos verdadeiros culpados por esta situação lamentável: Dilma Rousseff e Lula, os verdadeiros chefes da vergonha internacional que se transformou o mar de lamas chamado PETROLÃO.
Abaixo a relação das empresas envolvidas, segundo investigações da Operação Lava Jato, no assalto patrocinado pelos governos corruptos de Dilma Rousseff e seu antecessor Lula.
Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Odebrecht, Mendes Júnior, MPE Montagens e Projetos, Promon, Setal Óleo e Gás, Techint Engenharia e Construção, UTC Engenharia, Construtora OAS, Engevix Engenharia, Galvão Engenharia, GDK, Iesa Óleo e Gás, Queiroz Galvão Óleo e Gás, Skanska Brasil, Alusa Engenharia, Carioca Engenharia, Construcap CCPS Engenharia, Fidens Engenharia, Jaraguá Engenharia e Instalações Industriais, Schahin Engenharia, Tomé Engenharia

sexta-feira, março 20, 2015

E no país da piada pronta

Por Nélio Roças


Uma lei municipal obriga escolas públicas e privadas de Florianópolis a disponibilizar bíblias para os alunos que desejarem, e somente para os que desejarem, ocupar o tempo ocioso.
Para o coordenador de comissões da OAB-RJ, Fabio Nogueira, a lei é inconstitucional e OFENDE o estado laico, FERINDO a separação entre religião e estado.
Para o presidente do Sindicato das Escolas do Estado de Santa Catarina, Marcelo Sousa a lei é “incumprível” e ILEGAL...
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Aos fatos e concluindo:

Constitucional e legal é o livro adotado pelo MEC e direcionado a crianças de 8 a 10 anos, com o título “Aparelho Sexual & Cia", "um guia inusitado para crianças descoladas”, escrito pela autora francesa Hélène Bruller e editado no Brasil desde 2007 pela Companhia das Letras, onde as crianças são estimuladas a colocar o dedo num buraco feito no livro onde se pode simular um pênis ou a introdução dele numa vagina, incitando os mesmos a partir de 9 e 10 anos a fazerem sexo. O livro é sugerido pelo MEC a diretores e professores da rede pública e privada de ensino.
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Bonito mesmo é o kit gay, concebido na gestão do ministro Fernando Haddad frente ao MEC.
Agora, FEIO E VERGONHOSO mesmo, é um representante de classe, a OAB, se postar dessa forma diante do estimulo à crianças em conhecer pelo menos um pouco do maior best-seller da literatura mundial, que além de servir para pesquisa e autoajuda, pode ajudar a formatar um pouco da moral e dos costumes de uma sociedade já tão apodrecida e contaminada por elementos como os antagônicos a iniciativa.
É o Brasil que prefere continuar sofrendo!

quinta-feira, março 12, 2015

Os números não mentem

Por Nelio Roças

Em 1990, quando assumiu a Presidência da República, Fernando Collor tinha 71% de aprovação popular. Em Junho de 1990 três meses depois de congelar a poupança dos brasileiros esse índice caiu para 36%. Em Setembro de 1992 quando sofreu impeachment, Collor tinha apenas assustadores 9% de popularidade, e somente por isso sua queda foi inevitável.

Naquele momento Collor percebeu que de nada adiantaria tentar qualquer tipo de manobra no sentido de reverter o inevitável. E caiu, caiu implacavelmente porque tinha 91% dos brasileiros pedindo sua cabeça. E mais, caiu porque tinha contra si um congresso desgastado e amedrontado diante da ofensiva popular que insistia em emparedar os que ousassem levantar a voz em sua defesa.

Mas vamos avançar um pouco, vamos 23 anos à frente, cheguemos aos dias de hoje, Março de 2015. Dilma não consegue mais negociar com o congresso, Dilma conseguiu mais um recorde, Dilma tem TEMEROSOS 7% de aprovação. Significa dizer que Dilma tem nada mais nada menos que 2% de desvantagem em relação ao homem que em 1992 caiu após uma convulsão popular. E mais grave, além dos 93% de reprovação, Dilma ainda não conheceu de verdade o que é uma multidão nas ruas, dias a fio pedindo sua cabeça.

E acreditem, faltam apenas 3 dias para este fantasma assombrar de vez o governo que só precisa de um susto para abrir caminho para a única saida de um país que não suporta mais os desmandos e irresponsabilidades protagonizados nos anos em que o PT se apossou da dignidade e do bolso de seu povo.

Resta a Dilma Rousseff a escolha dos derrotados:
OU SAI, OU SERÁ SAIDA.
Façam suas apostas, foi dada a largada, os números não mentem. 

quarta-feira, março 11, 2015

Uma visão Germânica sobre o Islã

Por Emanuel Tanya, psiquiatra


Um homem, cuja família era da aristocracia alemã antes da II Guerra Mundial, era dono de um grande número de indústrias e propriedades. Quando questionado sobre quantos alemães eram nazistas verdadeiros, a resposta que ele deu pode orientar a nossa atitude em relação ao fanatismo.
"Muito poucas pessoas eram nazistas verdadeiros ", disse ele, "mas muitos apreciavam o retorno do orgulho alemão, e muitos mais estavam ocupados demais para se importar. Eu era um daqueles que só pensava que os nazistas eram um bando de tolos. Assim, a maioria apenas sentou-se e deixou tudo acontecer. Então, antes que soubéssemos, pertencíamos a eles, nós tínhamos perdido o controle, e o fim do mundo havia chegado. Minha família perdeu tudo. Eu terminei em um campo de concentração e os aliados destruíram minhas fábricas".
Somos repetidamente informados por "especialistas" e "cabeças falantes" que o Islã é a religião de paz e que a grande maioria dos muçulmanos só quer viver em paz. Embora esta afirmação não qualificada possa ser verdadeira, ela é totalmente irrelevante. É sem sentido, tem a intenção de nos fazer sentir melhor, e destina-se a diminuir de alguma forma, o espectro de fanáticos furiosos em todo o mundo em nome do Islã.
O fato é que os fanáticos governam o Islã neste momento da história. São os fanáticos que marcham. São os fanáticos que travam qualquer uma das 50 guerras de tiro em todo o mundo. São os fanáticos que sistematicamente abatem grupos cristãos ou tribais por toda a África e estão tomando gradualmente todo o continente em uma onda islâmica. São os fanáticos que bombardeiam, degolam, assassinam, ou matam em nome da honra. São os fanáticos que assumem mesquita após mesquita. São os fanáticos que zelosamente espalham o apedrejamento e enforcamento de vítimas de estupro e homossexuais. São os fanáticos que ensinam seus filhos a matarem e a se tornarem homens-bomba.
O fato duro e quantificável é que a maioria pacífica, a "maioria silenciosa", é e está intimidada e alheia. A Rússia comunista foi composta por russos que só queriam viver em paz, mas os comunistas russos foram responsáveis pelo assassinato de cerca de 20 milhões de pessoas. A maioria pacífica era irrelevante. A enorme população da China também foi pacífica, mas comunistas chineses conseguiram matar estonteantes 70 milhões de pessoas.
O indivíduo médio japonês antes da II Guerra Mundial não era um belicista sadista... No entanto, o Japão assassinou e chacinou em seu caminho por todo o Sudeste Asiático em uma orgia de morte, que incluiu o assassinato sistemático de 12 milhões de civis chineses, mortos pela espada, pá, e baioneta. E quem pode esquecer Ruanda, que desabou em carnificina. Não poderia ser dito que a maioria dos ruandeses eram "amante da paz"?
As lições da História são muitas vezes incrivelmente simples e contundentes, ainda que para todos os nossos poderes da razão, muitas vezes falte o mais básico e simples dos pontos: os muçulmanos pacíficos se tornaram irrelevantes pelo seu silêncio. Muçulmanos amantes da paz se tornarão nossos inimigos se não falarem, porque como o meu amigo da Alemanha, vão despertar um dia e descobrir que são propriedade dos fanáticos, e que o final de seu mundo terá começado.
Amantes da paz alemães, japoneses, chineses, russos, ruandeses, sérvios, afegãos, iraquianos, palestinos, somalis, nigerianos, argelinos, e muitos outros morreram porque a maioria pacífica não falou até que fosse tarde demais.
Agora, orações islâmicas foram introduzidas em Toronto e outras escolas públicas em Ontário, e, sim, em Ottawa também, enquanto a oração do Senhor foi removida (devido a ser tão ofensiva?). A maneira islâmica pode ser pacífica no momento em nosso país, até os fanáticos se mudarem para cá.
Na Austrália, e de fato, em muitos países ao redor do mundo, muitos dos alimentos mais comumente consumidos têm o emblema halal sobre eles. Basta olhar para a parte de trás de algumas das barras de chocolate mais populares, e em outros alimentos em seu supermercado local. Alimentos em aeronaves tem o emblema halal, apenas para apaziguar uma minoria privilegiada, que agora está se expandindo rapidamente dentro das margens da nação.
No Reino Unido, as comunidades muçulmanas se recusam a integrar-se e agora há dezenas de zonas "no-go" dentro de grandes cidades de todo o país em que a força policial não ousa se intrometer. A Lei Sharia prevalece lá, porque a comunidade muçulmana naquelas áreas se recusa a reconhecer a lei britânica.
Quanto a nós que assistimos a tudo se desdobrar, devemos prestar atenção para o único grupo que conta - os fanáticos que ameaçam o nosso modo de vida.
Vamos esperar que milhares de pessoas, em todo o mundo, leiam e pensem sobre isso e e também repassem esta mensagem – antes que seja tarde demais.
E ESTAMOS em SILENCIO.

terça-feira, março 10, 2015

Ainda é tempo

Por Nelio Roças

Apesar da enxurrada de vaias e impropérios, Dilma Rousseff ainda acha que "a crise não é grave".

Será preciso algo mais contundente para a "Mãe da Pátria Educadora" perceber que o país esta em descontrole, e que somente com uma atitude mais responsável de sua parte, a normalidade pode ser reconstituida?

Será preciso desenhar para Dilma que sua presença frente a Presidência da República só trará mais crises e conduzira cada vez mais o Brasil para uma situação de ingovernabilidade?

Não creio que negociações sejam bem sucedidas e demovam Dilma da clara intenção de destruir o país.

Talvez por perceber que não há mais como restabelecer tecnicamente o que foi destruido em treze anos de desmandos, irresponsabilidades, delinquencias, assaltos, e toda a sorte de crimes cometidos pela quadrilha, que comanda por delegação do MAIOR MARGINAL que esse país já "produziu", Lula, Dilma insista em não aceitar que esta sem saída.

Renúncia é a única saída para Dilma, não há mais o que negociar, não será o tempo que reverterá a baixa popularidade do governo que caminha a passos largos para conduzir todo o país para o atoleiro.

Acabou, chegou a hora Dilma! Vai logo.
Se insistir...
Vai ser dolorosa a queda!

segunda-feira, março 09, 2015

A extrema esquerda racista e fóbica

Por Andréa Richa

Hoje, percorrendo a minha time line,  me deparo com a frase pinçada por uma "faceamiga", revoltada com a falta de educação dessa elite transviada que se manifestou indignada, batendo panelas e xingando aos quatro ventos durante o pronunciamento da presidente Dilma no Dia Internacional da Mulher. "Panelaço e xingamentos: é esta gente sem educação que quer assumir o poder?"
Perguntava ela, atônita com a surpresa dos acontecimentos e seguia "Engrosso os adjetivos..., gente esquizofrênica e odiosa."
Ela estava se referindo ao artigo de Laura Capriglione, para o Yahoo. Laura alega que Dilma Rousseff foi alvo do protesto ululante de desrespeito, má educação, machismo e covardia, um ultraje baixo e feroz contra uma mulher , e se expressa arrasada com o fato dos xingamentos não terem sido dirigidos também aos presidentes da Câmara e Senado, respectivamente Eduardo Cunha e Renam Calheiros porque eles eram homens. Na cabeça preconceituosa de Laura, a mulher é gênero igualitários só para regalias. Na hora de xingamentos, "valha-me Deus... é apenas uma mulher".
O que seria Dilma ,além de uma mulher quando, guerrilheira, planejava explosões que dilaceravam pernas e matava jovens, enterrando seus sonhos de um futuro promissor e cheio de realizações?
Somente um coração assassino?
Parece que, para os militantes PTrocinados de plantão, na guerra política vale tudo, menos xingar.
Mas a cereja do bolo veio mesmo, quando em outro comentário magoadíssimo, a minha amiga reproduziu uma frase do Xico Sá, o escritor esquerda caviar, que se referiu à relação patrão doméstico e empregada, como uma alusão a capitães de engenho e escravos, veja só : " Se bateu lata e panela pela mudança política no domingo, trate bem a senzala na segunda.".
É essa extrema esquerda racista e fóbica, ainda presa ao século XVIII, que chama um trabalhador doméstico de escravo e um ministro do STF de Capitão do mato, quando esses se recusam a se vitimar em classismos e sexismos ou outro ismo qualquer. É uma gente que não quer que a mulher, o pobre e o negro ou a sociedade enfim levante a cabeça e se expresse livremente de acordo com a sua consciência.
Então me espanta que Xico, homem feio e nordestino como ele mesmo gosta de dizer, desconheça o que é preconceito, compactue com isso e dissemine racismo.
A aversão à classes é um comportamento fóbico e está ligado à angústia, que é um sinal de alerta para o aparelho psíquico. A legislação brasileira determina punição a qualquer indivíduo que praticar atos discriminatórios com esse tipo de desmoralização, fruto de preconceito cultural e etmocentrismo.
Quando Laura e Xico, se referem à parte da sociedade que reagiu à presidente, buscando inferiorizar um povo, uma tradição, uma cultura, uma pessoa, uma classe, com termos discriminatórios ou pejorativos como "rica", "boçal", "elitista", "fascista", "odiosa" e “senzala”, isso é ofensa muito séria e deve ser denunciada.

Tudo bloqueado

Por Fernando Gabeira

(Jornal O Globo - Domingo - 08/03/2015)

Quaquá vai dar porrada em burgueses.
Onde vai encontrá-los? Quem é classe média?

Um amigo no exterior me perguntou se no Brasil estava tudo dominado. Referia-se ao habeas corpus dado por Teori Zavascki a Renato Duque, indicado do PT na Petrobras. Dominado não sei, respondi. Mas, naquele momento, estava tudo bloqueado: as estradas, pelos caminhoneiros, as contas bancárias, pela Justiça. Tantos bloqueios que a conta do ex-governador petista de Brasília, Agnelo Queiroz, foram bloqueadas duas vezes na mesma semana. Há bloqueio na relação Dilma- Congresso, e bloquearam o juiz que bloqueou os bens de Eike Batista.

O bloqueio se estendeu às cabeças: Washington Quaquá, um dirigente do PT fluminense, afirmou que daria porradas nos burgueses. Lula disse que chamaria o exército dos sem-terra para as ruas.
Às vezes temo que minha visão também fique bloqueada. Mas encaro esse movimento como a busca do golpe perfeito. O governo do PT arruinou a Petrobras, quer que os empreiteiros fiquem presos e que os sem-terra levem e deem porrada para defendê-lo. Em ruas indignadas com a corrupção, será difícil evitar os conflitos.

Bloqueados os caminhos para entender o assalto à casa do procurador Janot nas vésperas de apresentar a denúncia. Ele se limitou a dizer que os assaltantes estiveram por oito minutos em sua casa. Nada levaram de valor, apenas o controle remoto do portão. Se um grupo entra na casa de um procurador e não rouba nada, está apenas querendo dizer que entra quando quiser. E se leva o controle remoto do portão é apenas para mostrar como é inútil, pois conseguiram entrar sem ele. Ou será que seriam tolos o suficiente para acreditar que o controle remoto continuaria a abrir o portão depois do assalto?
O bloqueio mental se estende a Dilma. Ela despachou o embaixador da Indonésia pela porta lateral, como se fosse o entregador de pizza. O homem estava vestido com roupas típicas de seu país e compareceu na data marcada para apresentar credenciais.
Ninguém do Itamaraty percebeu essa grosseria. Ninguém no Congresso foi à embaixada da Indonésia pedir desculpas. Apagão diplomático. A política foi conduzida, nesse caso, por reflexos de uma dona de casa estressada. E ainda temos um brasileiro no pelotão da morte na Indonésia, compras de avião da Embraer que podem ser suspensas.
O bloqueio maior é na convivência política. A filósofa Marilena Chaui disse uma vez que odiava a classe média. Quaquá vai dar porrada em burgueses. Onde vai encontrá-los? Nos restaurantes de luxo nas ilhas do litoral de Angra? Quem é classe média? Vão atacar as lojas de conveniência nas noites de sábado, as academias de pilates?
Tudo muito confuso. CGU e TCU, provavelmente mais alguma coisa terminada em u, preparam um acordo de leniência. Os empreiteiros pagam multa e voltam a realizar obras públicas.
Enquanto isso, o BNDES estuda um empréstimo de R$ 31 bilhões para as empreiteiras. Com essa grana, pagam a multa e ainda podem mandar um pouco para os partidos do governo. E essa grana vai para os marqueteiros, que inventarão outros heróis do povo brasileiro, corações valentes e outras babaquices eleitorais. É assim que a banda vai tocar? Desta vez não só há um grande volume de informações como também a reação externa.
Romper com a opinião pública interna e com financiadores internacionais não é uma boa tática. Sobretudo no momento em que vivemos uma crise em que a falência do modelo aparece a cada novo indicador econômico.
Avançamos, desde o fim da ditadura. Houve confrontos, como o dos petistas com Mário Covas, operações extremas, como a dos aloprados em 2006. Em vez de se abrir para reparar os graves erros na economia e na política, Lula convoca um exército, como se acabassem os argumentos e o confronto fosse a única saída para o impasse que o próprio PT criou.

Transformar adversários políticos em inimigos significa uma regressão. Nosso processo democrático já havia superado esse estágio. O insulto a pessoas em busca de ajuda médica, como foi o caso da mulher de Mantega, é injustificável. Mas partiu de pessoas sem responsabilidades com o processo político. Assumir um tom de guerra à frente de um partido, como fizeram Lula e Quaquá, parece-me um ato de desespero. É uma ilusão intimidar para se defender.

Domingo que vem é 15 de março. Manifestações de protesto estão marcadas. O PT marcou a sua para defender o governo e a Petrobras que ele mesmo arruinou. Mas vai fazê-lo dois dias antes. Melhor assim. Vamos deixar que tudo aconteça, sem ameaças, sem porradas. Que o país se expresse em paz e que seja honrado o legado coletivo desses anos de democratização.

Falaram tanto na campanha eleitoral: filmes, lendas, imagens de um Brasil paradisíaco que fabricaram. Agora é hora de ouvir um pouco o que pensam as pessoas. Guardem exército e porradas para o videogame. Desbloqueiem o caminho do país real.


sexta-feira, março 06, 2015

Legislando em causa própria

Por Nélio Roças
 
Um projeto de lei destinado ao fim das revistas íntimas na entrada dos presídios do estado seria votado na quinta-feira na Assembleia Legislativa, mas recebeu sete emendas e deverá voltar à pauta na próxima terça-feira.

O autor do projeto não poderia ser outro, senão o Deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ), conhecido defensor de delinquentes e financiador de Sininho, aquela desajustada que após ter sua prisão decretada por envolvimento na morte do cinegrafista Santiago, escafedeu-se, provavelmente com a cobertura do "não tão nobre deputado".

Se hoje, com toda revista, os bandidos encarcerados já recebem telefones, armas de fogo, facas e outros regalos trazidos por seus visitantes, a possibilidade de que tenham a seu dispor instrumentos suficientes para dominarem definitivamente os presídios aumenta.

A seu lado na empreitada, o Deputado Zaqueu Teixeira (PT-RJ) e o presidente da casa Jorge Jorge Picciani (PMDB-RJ).


Lutando solitário contra esse "aborto legal", somente o Deputado Flávio Bolsonaro (PP-RJ), que em seu último pronunciamento foi curto e direto:
“Se o texto original for aprovado, os bandidos agradecem’’

E nós continuamos aqui, fora do cárcere, mas vivendo atrás das grades...

quinta-feira, março 05, 2015

Homicídio não tem sexo

Por Mary Zaidan

(Transcrito do Blog do Noblat, O Globo)




                                    
Ainda pendente da sanção de Dilma Rousseff, que, possivelmente a fará com pompa e circunstância para comemorar o Dia Internacional da Mulher, a lei que torna hediondo o feminicídio foi aprovada. Isso quer dizer: penas mais duras para quem matar mulher pelo fato de ela ser mulher.
Mais do que uma bobagem populista para agradar ao público feminino perto do dia 8 de março, a proposta é discriminatória, ilegal e, claro, inconstitucional.
Matar é matar. Homem, mulher, gay, bi, transexual. É hediondo por natureza.
Não se pode fazer diferença entre matar um ou outro por gênero. É uma violação grosseira ao Artigo 5º da Constituição, aquele que assegura que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”, e todos os seus incisos. Uma afronta tão absurda que deveria – essa sim - ser considerada hedionda.
Além de ferir a Constituição, a lei para fazer bonito para as mulheres atenta contra a lógica. Até leigos sabem que punições maiores não inibem o crime, muito menos os homicídios. Há vários estudos que comprovam isso, incluindo os sobre a pena capital, que corroboraram para a redução desse tipo de punição nos Estados Unidos e para que vários países do mundo, a exemplo da Inglaterra e França, extirpassem a pena de morte de suas leis.
Pior: em um país em que os homicídios crescem assustadoramente, a lei do feminicídio é, para dizer o mínimo, tergiversar sobre a violência.
Os números são de arrepiar.
O Brasil responde por 13 em cada 100 assassinatos no mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o país é campeão em números absolutos de homicídios. Nada menos de 64 mil em 2012, superando a populosíssima Índia, segunda colocada, com 52 mil.
Ainda que as mulheres sejam vítimas – e a lei Maria da Penha é importante para estimular a denúncia sobre a violência contra a mulher –, são os jovens do sexo masculino que engrossam as estatísticas dos homicídios: 74 por 100 mil quando se fala de garotos de 21 anos. Um escândalo.
Ninguém pensou em qualificar esses assassinatos como hediondos ou tipificá-los na categoria de jovencídio.
O problema é que aqui se esbarra em temas mais profundos que tanto o Senado quanto a Câmara insistem em adiar: a maioridade penal e o poder de polícia. Nunca se matou tanto jovem, mas também nunca tanto jovem matou tanta gente.  Nunca se prendeu tanto e nunca tão pouco bandido continuou preso.
Ao contrário da quase unanimidade do feminicídio, que em nada mudará o aterrador quadro de violência do país, são temas complexos, populares por um lado, impopulares por outro. Ficam, então, para as calendas.
Sem coragem para pelo menos tentar soluções para reduzir o número indecente de assassinatos, o Brasil cria seus monstrengos. A partir da sanção da lei, mulheres que matam homens terão penas menores do que os homens que matam mulheres.
Enquanto isso, homicídios de todos os gêneros se multiplicam em ritmo endêmico.