segunda-feira, março 26, 2012

Alice e seu barraco de pau a pique com ar- condicionado

Por Andréa Richa


Moradora do Morro da Caixa d`Agua, no Complexo da Penha, mulheres como Alice tem o raro poder de me deixar confusa.

Alice TEM: 18 anos, um filho na barriga, um marido desempregado, uma ligação clandestina de eletricidade (gato) e, “certo conforto” em seu CASEBRE, que conta com: maquina de lavar roupas, forno elétrico, micro-ondas, geladeira, televisão, chuveiro elétrico e a proteção do estado para permanecer nesse mesmo... estado.

Agora vejamos o que Alice NAO TEM: Alice não tem educação, emprego, noção de controle de natalidade, intenções de pagar energia elétrica, pois, como ela mesma diz, ”pagar energia é muito ruim”… e principalmente, Alice não tem planos de mudar essa situação, pois planejamento para ela provavelmente é coisa para o “estado”.

É isso que me deixa pasma, Alice cresceu achando que não precisa ser nada nessa vida, apenas ter o que consegue através do assistencialismo do estado. Para isso basta se inscrever em programas do governo fazendo, por instinto a mesma pratica dos engravatados do congresso. O velho e bom “toma lá, da cá”.

Quer dizer, Alice, que esta grávida de seu primeiro filho, não precisa mais se preocupar com seu futuro, pois o governo federal tem o programa Rede Cegonha, que promete recursos para o deslocamento da gestante às consultas e exames por meio de um vale-transporte. A mãe também vai recebe um vale-táxi para ir à maternidade, caso tenha cumprido todo o pré-natal. E quando o bebe sair do hospital, o programa Criança Cidadã vai ser responsável pela emissão do registro civil de nascimento antes mesmo da alta hospitalar, poupando seu companheiro de qualquer burocracia ou peregrinação e custos no cartório e garantindo sem sombra de duvidas que, no futuro, a criança tenha completo acesso a um titulo de eleitor.

Ah, ela vai ter também a famosa transferência de renda que une o “Bolsa escola”, cartão alimentação, auxilio gás… que ela bem deve conhecer como Bolsa Família. Além disso, fica tranquila em relação aos estudos do herdeiro, pois, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome quer dar um premio em, adivinhe só… dinheiro – a proposta mínima é de R$ 204,00 por ano a alunos de 5 a 8 series do ensino fundamental que sejam aprovados e passem de ano. Mas se o moleque não quiser nada com a hora dos estudos, Alice não deve se desesperar, tendo em vista que o programa Erradicação do Trabalho Infantil, também garante uma transferência de renda para que o seu filho não precise aprender nenhum oficio antes de ter um primeiro emprego com carteira assinada.

Agora, como a vida nos prega muitas peças, caso o filho de Alice, por falta do que fazer ou por simples tendência a fazer besteiras, se envolver com drogas fáceis como o crack, ela pode buscar pelo cartão auxilio financeiro temporário de R$900,00 por mês para o custeio das despesas de internação voluntária do usuário de drogas. Mas se mesmo com todas essas oportunidades, Alice tiver o infortúnio de ver seu filho enveredar pelo mundo do crime tendo que cumprir pena em algum presídio, ainda assim ela poderá contar com o auxilio reclusão, valor médio apurado por família é de R$ 588,43 por mês.

Portanto, mesmo que não se prestem a ser, de alguma forma úteis a sociedade, folgo em saber que o futuro de Alice e seu rebento (e dos tantos que virão a seguir), esta garantido.

Agora, voltando ao que me confunde: Como pode o estado garantir tantos direitos a população inativa e amorfa, sem produzir riqueza, sem diminuir o déficit publico, usando sistema protecionista de estado, sem investimento em infraestrutura para que, a classe dos que pagam impostos trabalhe com tranquilidade e segurança?

Alice não tem culpa de achar que “pagar energia é muito ruim”, pois tudo isso lhe é oferecido com uma única contrapartida: “O seu voto ou o meu dinheiro de volta”.

A sociedade brasileira apenada é quem paga a conta para que todas as “Alices” do Brasil continuem a viver no país das maravilhas.


(Andréa Richa é Atriz, Jornalista e editora do Canal R&R Foco no Fato)

Análise de Hélio Bicudo sobre o Bolsa Familia



sexta-feira, março 23, 2012

Nossa democracia clama pelas camadas médias

Por Mara Kramer
MovimentoTodos peloBrasil

A cidadania, entendida como a consciência do compromisso de cada um de nós com relação a todos os aspectos que interferem na vida nacional, pode ser exercida de várias formas. Não obstante, um dos símbolos marcantes desta condição coletiva de interferir diretamente nos rumos de um país é a manifestação popular nas ruas. A manifestação popular, espontânea ou organizada por instituições da sociedade civil, é a imagem mais forte do povo unido que assume sua liderança na democracia, expressando diretamente em primeira pessoa, suas reivindicações, criticas e propostas. Assim como a eleição, a manifestação popular reforça a democracia e o papel do povo no centro do debate e das decisões políticas, simboliza a responsabilidade e a força de uma sociedade madura. É desnecessário dizer que esta prática participa do cotidiano de todas as sociedades europeias e dos milenares povos orientais.
No Brasil, entretanto, existe uma grande resistência da população em manifestar-se coletiva e publicamente. Sabemos que o governo petista cooptou as habituais instituições de protesto popular como a UNE e os sindicatos. Logicamente, esta circunstância dificulta a organização social, mas sabemos também que a pratica de manifestar-se não participa de nossa tradição política, e os motivos pelos quais mantemos esta postura anti-cidadã não estão claros. No presente artigo gostaria de refletir sobre este tema objetivando entender melhor nosso comportamento político enquanto povo, embora tenha consciência do quanto é delicado o assunto no qual me adentro. Esclareço que o conteúdo aqui apresentado é resultado de leituras e observações, mas não foi submetido aos parâmetros de um trabalho científico.
Nas sociedades onde predomina a cultura rural é comum uma divisão social dicotômica e antagônica. Por um lado os donos da terra, detentores do poder político, econômico e cultural; por outro uma maioria de trabalhadores rurais, dependentes econômica e politicamente dos primeiros. Estes necessitam tanto laborar nas terras do grande proprietário para sobreviver, assim como carecem de sua proteção e bendição. De forma bastante breve, esta é a realidade socioeconômica brasileira desde o descobrimento até bastante entrado o século XX, e em algumas regiões ainda permanece. Desde as Capitanias Hereditárias e seus donatários, passando pelo ciclo da cana de açúcar no litoral, até as fazendas de gado e café do Sul e Sudeste, observa-se a reprodução contínua deste modelo. A figura do latifundiário, paternalista e escravocrata estendeu-se por todo o país. Ao poder econômico originado no campo agrega-se o poder político. O período emblemático desta situação é a “política do café com leite” nos primeiros quarenta anos da República. No Brasil esta estrutura chegou a uma situação extrema, pois ao dono da terra se contrapõe a figura do escravo africano, seres humanos tratados exclusivamente como instrumento de trabalho. Os poucos trabalhadores livres, comerciantes, etc. dos primeiros séculos deveriam integrar-se ao sistema para sobreviver, o que significava submeter-se à elite latifundiária. Neste sentido, a dicotomia, o antagonismo e a hierarquia constituem a gênese da organização socioeconômica do Brasil.
Esta situação começa a alterar-se no final do século XIX com o crescimento das cidades, a incipiente industrialização no Sudeste, a Proclamação da República, a abolição da escravatura, e a chegada dos imigrantes europeus como trabalhadores assalariados. Todos estes aspectos estão relacionados com a idéia de modernização de raiz europeia, que preconiza a urbanização, a industrialização, a democracia, o liberalismo econômico como condições para alcançar o progresso, e como consequência o desenvolvimento de uma camada média da população. Assim, as classes médias são resultado do processo de modernização introduzido no país. Entretanto o desenvolvimento e organização deste setor não tem sido fácil devido a sua recente trajetória e a instabilidade econômica e política que acompanha a história da República. Nestas condições esta parcela da população segue insegura com relação ao seu caráter e posição sociopolítica. Como expressão desta postura vacilante observa-se a dificuldade da construção de parâmetros claros que lhe permitam obter uma identidade própria. Neste contexto nossas camadas médias se equilibram entre os dois polos, as camadas baixas e altas, tanto no sentido econômico, quanto no sentido de identidade cultural, a qual inclui a política.
É um clássico dizer que as camadas médias se espelham na elite, mas em nosso país esta máxima adquire ainda maior peso considerando a contundência histórica da dicotomia, antagonismo e hierarquia no campo social, sua fragilidade e a ausência de nitidez quanto ao seu papel político na sociedade. Estes aspectos demonstram a existência de uma dificuldade de definição conceitual das camadas médias no Brasil, o que as impede de assumir uma posição autônoma na dinâmica política. Tendo em vista este contexto, sua opção foi privilegiar um comportamento que a distancie das classes baixas e as aproxime das altas. 
Corrobora para esta conclusão de base histórica o discurso recorrente de integrantes das camadas médias brasileiras quando indagados de porque não participam de manifestações populares. As respostas costumam ter um teor semelhante a: “quem faz passeata é petista”(leia-se camadas baixas), “as pessoas bem postas não necessitam sair à rua para manifestar-se”, ou “se manifesta quem não tem o que comer”, “uma pessoa de bem não participa destas coisas”, e por aí vai. Estes comentários demonstram claramente a mentalidade elitista e hierárquica dos entrevistados, pois indicam que a manifestação popular é uma atividade para os necessitados, aqueles dos quais as camadas médias desejam afastar-se. A não identificação com as camadas baixas é uma luta constante das classes médias brasileiras, pois manter o status não é uma tarefa fácil em um país em constante turbulência econômica e política. Paralelamente, ao afastar-se de um extremo ela aproxima-se do outro extremo, as camadas altas. Logicamente, a cercania com a elite é interessante para as camadas médias, tanto por razões praticas (profissionais, sociais, etc.), quanto por razões simbólicas. Entretanto, ao avaliar a questão política a partir da imagem social e ganhos pessoais, as camadas médias abrem mão de sua capacidade qualitativa e quantitativa de intervir na movimentação política do país segundo seus interesses.  
Parte do problema reside na ausência de caráter das camadas médias no país, determinado pela peculiaridade de suas características, problemática, contexto, reivindicações, expectativas, filosofia, etc. Estas devem contribuir para o avanço do conjunto da população, mas contêm perspectivas e exigências próprias relativas ao seu modus de vida. Sua luta deveria ser neste sentido, mas não é, pois a identificação com as camadas altas retira-lhes o foco do combate em prol de suas necessidades, princípios, projetos e soluções para os seus problemas específicos. Seu espaço no cenário político fica vazio. As camadas médias passam a constituir uma força política em potencial, mas inerte, abafada por sua própria inconsciência. 
É bem verdade, que as camadas médias brasileiras encontraram nos últimos tempos um meio de expressão, a internet. Esta ferramenta tem sido amplamente utilizada por esta parcela da população para mostrar sua indignação e repúdio à política atual, sobretudo a partir das eleições de 2010, e verifica-se que tem obtido bons resultados. Logicamente, a movimentação política via internet é positiva e tem demonstrado nos quatro cantos do mundo sua eficiência, além de sua contemporaneidade. No Brasil, sob meu ponto de vista, evidencia um desejo de participação e interesse político inédito em grande escala. Entretanto, penso que fazer da internet o “espaço” exclusivo da luta política das camadas médias é um tema que merece maior atenção. É a internet suficiente como meio difusor do processo de construção de cidadania? É possível apenas através da internet alcançar a totalidade da população e inclui-la no processo de construção da cidadania? Nos demais países a intervenção da internet limita-se a difusão de idéias que visam a mobilização e o debate no mundo real, porque no Brasil este fenômeno não ocorre?
Penso que a reflexão sobre a ação “delimitada” das camadas médias no mundo político nacional, incluindo sua resistência a participar das manifestações populares, poderia estimular o debate sobre o tema e uma revisão de postura. As camadas médias crescem no país, e, portanto ganham força, qualidade que não deve ser desperdiçada, menos em um momento no qual o país passa por grave crise moral e política. Neste momento, este contingente da população é chamado a manifestar-se consistentemente na busca da revalorização dos princípios morais e éticos os quais sempre defendeu. É convocado a exigir compromisso e competência dos políticos na gestão pública e responsabilidade com os recursos públicos. A atuação ativa das camadas intermediárias no campo político é insubstituível e indispensável para o amadurecimento político de um país.


Mara Kramer é fundadora do MovimentoTodos peloBrasil .
Mara é arquiteta, gaucha e atualmente reside em Barcelona.  É colaboradora do BLOG "Telhado de Barro", que originou a criação do Canal R&R Foco no Fato. 

Exemplo de mobilização popular







quinta-feira, março 22, 2012

Dia de cão

Por Eliane Cantanhêde
O mundo está caindo na cabeça de Dilma, que tenta inaugurar "novos métodos e práticas políticas", como teria dito Lula ao novo líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB), sem dimensionar bem a capacidade de retaliação da base aliada balofa montada por Lula -e sem plano B. Ela acelerou e bateu de frente com a realidade.
Ontem ficou claro que há, sim, uma crise. A Lei da Copa não pôde ser votada, o Código Florestal não tem nem prazo, o governo não consegue emplacar um nome para a ANTT, origem de tudo. E foram feitos três convites/convocações delicadas.
O presidente da Comissão de Ética Pública, Sepúlveda Pertence, foi chamado para falar sobre o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento), que tem histórias mal contadas e é um dos maiores amigos de Dilma no governo. E a área econômica poderá ficar na berlinda, com Mantega (Fazenda) exposto a perguntas constrangedoras sobre PanAmericano, Casa da Moeda e "pibinho" de 2,7% em 2011, e Miriam Belchior (Planejamento) se enrolando para explicar falhas do PAC.
Dilma finge que não é com ela, acha que a crise é só espuma e que tudo se resolve com uma tacada de marketing ou "uma agenda positiva". Hoje, ela reúne 27 empresários e banqueiros pesos-pesados, como se nada estivesse acontecendo.
Pode ter surpresas: assim como o Congresso condena a falta de coordenação política e de diálogo, o PIB vai reclamar da falta de interlocução, do excesso de tributos e da precariedade da infraestrutura.
Os senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB dissidente) e Aécio Neves (PSDB) comentavam que a troca do líder Romero Jucá por Eduardo Braga foi um enorme ganho para o governo e para o Congresso, mas a desarticulação é tanta e o Planalto está tão fora do ar que as mudanças "não têm chance de dar certo". Ah! Eles são de oposição? Pois você nem imagina o que falam os governistas...

quinta-feira, março 15, 2012

O PREPOTENTE

Por Paloma Amado (Psicóloga, filha do escritor Jorge Amado)
Transcrito do Blog de Cláudia Wasilewski

Era 1998, estávamos em Paris, papai já bem doente, participara da Feira do Livro de Paris e recebera o doutoramento na Sorbonne, o que o deixou muito feliz.
De repente, uma imensa crise de saúde se abateu sobre ele, foram muitas noites sem dormir, só mamãe e eu com ele. Uma pequena melhora e fomos tomar o avião da Varig (que saudades) para Salvador.
Mamãe juntou tudo que mais gostavam no apartamento onde não mais voltaria e colocou em malas.
Empurrando a cadeira de rodas de papai, ela o levou para uma sala reservada. E eu, com dois carrinhos, somando mais de 10 malas, entrava na fila da primeira classe.
Em seguida chegou um casal que eu logo reconheci, era um politico do Sul (não lembro se na época era senador ou governador, já foi tantas vezes os dois que fica dificil lembrar).
A mulher parecia uma árvore de Natal, cheia de saltos, cordões de ouros e berloques (Calá, com sua graça, diria: o jegue da festa do Bonfim).
É claro que eu estava de jeans e tênis, absolutamente exausta. De repente, a senhora bate no meu ombro e diz: "Moça, esta fila é da primeira classe, a de turistas é aquela ao fundo."
Me armei de paciência e respondi: "Sim, senhora, eu sei."
Queria ter dito que eu pagara minha passagem enquanto a dela o povo pagara, mas não disse. Ficou por isso.
De repente, o senhor disse à mulher, bem alto para que eu escutasse: "Até parece que vai de mudança, como os retirantes nordestinos".
Eu só sorri. Terminei o check in e fui encontrar meus pais.
Pouco depois bateram à porta, era o casal querendo cumprimentar o escritor. Não mandei a putaquepariu, apesar de desejar fazê-lo. Educadamente disse não.
Hoje, quando vi na tv o Senador dizendo que foi agredido por um repórter, por isso tomou seu gravador, apagou seu chip, eteceteraetal, fiquei muito retada, me deu uma crise de mariasampaismo e resolvi contar este triste episódio pelo qual passei.
Só eu e o gerente da Varig fomos testemunhas deste episódio, meus pais nunca souberam de nada.




PS: O PREPOTENTE é o Senador Roberto Requião do Paraná.


E para relembrar mais uma do IMUNDO...
Assista o vídeo abaixo



quarta-feira, março 14, 2012

Pequeno Dicionário da Novilíngua Lulista

Canal R&R Foco no Fato

Por Augusto Nunes - Transcrito do Blog Veja online
Edição consolidada - 105 verbetes
A
aliança governista. Maior ajuntamento de partidos de aluguel do planeta.

aloprado. 1. Companheiro pilhado em flagrante durante a execução de bandalheiras concebidas para favorecer candidatos do PT ao governo de São Paulo. 2. Vigarista engajado em alguma campanha eleitoral de Aloízio Mercadante.
analfabetismo. 1. Deficiência que foi promovida a virtude no começo do século para apressar a chegada de um enviado da Divina Providência ao Palácio do Planalto. 2. Qualidade depreciada por reacionários preconceituosos, integrantes da elite golpista e louros de olhos azuis. 3. Marca de nascença da Primeira Mãe.
anistiado político. Companheiro que só divergiu do regime militar para investir na carreira de perseguido e garantir uma velhice confortável como pensionista do Bolsa Ditadura.
apagão. Blecaute ocorrido em lugares governados por adversários do PT. (Ver blecaute)
asilo político. Instrumento jurídico que beneficia todo terrorista condenado em outros países por crimes comuns ou atos de terrorismo.
B
base aliada.
1.Base alugada. 2. Bando formado por parlamentares de diferentes partidos que arrendam a fidelidade ao governo, por prazo determinado, em troca de ministérios com porteira fechada (cofres incluídos), verbas no Orçamento da União, nomeações para cargos público, dinheiro vivo e favores em geral. 3. Quadrilha composta por deputados e senadores.
blecaute. Apagão ocorrido em lugares governados pelo PT. (Ver apagão)
blogueiro progressista. 1. Jornalista que jamais conseguiu emprego ou fracassou nos principais órgãos de comunicação e hoje sobrevive na internet alugado ao governo. 2. Gente que vive de escrever mas seria reprovada na prova de português do ENEM mesmo que soubesse antecipadamente as questões escolhidas pelos organizadores. 3. Ex-jornalistas que enriquecem em campanhas difamatórias patrocinadas por corruptos.
Bolívar (Simón). Herói das guerras de libertação da América do Sul que reencarnou no fim do século passado com o nome de Hugo Chávez.
bolivariano. Comunista que finge que não é comunista.
Bolsa Família. Maior programa de compra oficial de votos do mundo.
BNDES. Banco que usa dinheiro dos pagadores de impostos para financiar obras encomendadas pelo governo a empresas privadas que têm patrimônio suficiente para distribuir mesadas de bom tamanho a todos os pagadores de impostos.
C
camarada de armas.
Companheiro diplomado em cursinho de guerrilha que só disparou tiros de festim; guerrilheiro que ainda não descobriu onde fica o gatilho do fuzil. (Ex.: Dilma Rousseff e José Dirceu são camaradas de armas.)
cargo de confiança. 1. Empregão reservado a companheiros do PT ou parceiros da base alugada, que nem precisam perder tempo com concurso para ganhar um tremendo salário sem trabalhar. 2. Boquinha (pop.).
cartão corporativo. Objeto retangular de plástico que permite tungar o dinheiro dos pagadores de impostos sem dar satisfação a ninguém e sem risco de cadeia.
Casa Civil. 1. Conjunto de salas no 4° andar do Palácio do Planalto que, entre 2003 e 2011, foi controlado por casos de polícia que entram sem bater no gabinete presidencial. 2. Esconderijo; tugúrio; catacumba. 3. Sede de quadrilhas formadas por amigos ou parentes do ministro-chefe. 4. Antigo nome da atual Casa Covil, rebatizada em homenagem aos ex-inquilinos José Dirceu, Dilma Russeff, Erenice Guerra e Antonio Palocci.
Comissão da Verdade. 1. Grupo de companheiros escalados para descobrir qualquer coisa que ajude a afastar a suspeita, disseminada por Millôr Fernandes, de que a turma da luta armada não fez uma opção política, mas um investimento. 2. Entidade concebida para apurar crimes cometidos pelos outros.
companheiro. Qualquer ser vivo ou morto que ajude Lula a ganhar a eleição.
concessão. Entrega ao controle da iniciativa privada de empresas, atividades ou setores administrados até então por governos do PT. (Ver privatização)
conselho de ética. Grupo formado por pessoas que não acham antiético roubar o cofrinho de moedas da filha, tungar a aposentadoria da avó ou vender a mãe.
consultor. 1. Companheiro traficante de influência. (Ex: Antonio Palocci é consultor). 2. Companheiro que facilita negócios escusos envolvendo o governo e capitalistas selvagens. (Ex: José Dirceu é consultor). 3. Companheiro que, enquanto espera um cargo no governo federal, recebe mesadas e indenizações de empresas que favoreceu no emprego antigo ou vai favorecer no emprego novo. (Ex: Fernando Pimentel é consultor)
contrato sem licitação. Assalto aos cofres públicos sem risco de cadeia.
controle social da mídia. Censura exercida por videntes treinados pelo PT para adivinhar o que o povo quer ver, ler ou ouvir. (Ver democratização da mídia)
convênio. Negociata feita em parceria por um ministério ou estatal e uma ONG de araque ou empresas controladas pelo ministro ou por amigos e parentes do ministro.
Copa do Mundo. Negócio da China.
corrupção. 1. Forma de ladroagem praticada por adversários do governo. 2. Forma de coleta de dinheiro que, praticada por companheiros, deve ser tratada como um meio justificado pelos fins. 3. Hobby preferido dos parceiros da base alugada.
crime comum. Assassinato de um prefeito do PT por motivos político-financeiros, associados a divergências entre integrantes de um esquema de arrecadação de dinheiro sujo. (Ex.: A morte de Celso Daniel foi um crime comum)
Cuba. 1. Ditadura que só obriga o povo a ser feliz de qualquer jeito. 2. Forma de democracia que prende apenas quem discorda do governo.
cueca. Cofre de uso pessoal utilizado no transporte de moeda estrangeira adquirida criminosamente.
D
democratização da mídia.
1. Erradicação da imprensa independente. 2. Entrega do controle dos meios de comunicação a jornalistas companheiros, estatizados ou arrendados. (Ver controle social da mídia)
direita. Categoria em que devem ser enquadrados todos os partidos e indivíduos que não obedecem às ordens de Lula. (Exs: O PSOL é de direita; Hélio Bicudo é de direita)
ditador. Tirano a serviço do imperialismo estadunidense. (Ver líder)
ditadura do proletariado. Forma de democracia tão avançada que dispensa o povo de votar ou dar palpites porque os companheiros dirigentes sabem tudo o que o povo quer.
doutor honoris causa. Diploma conferido a ex-presidentes que nunca leram um livro, não sabem escrever e acham que “honoris” é um Honório com erro de revisão.
E
elite golpista.
Balaio socioeconômico que junta todos os bilionários, os ricos, os integrantes da classe média velha ou nova, os pobres e os miseráveis que não votam no PT.
erro. 1. Crime cometido por companheiros. 2. Caso comprovado de corrupção envolvendo ministros ou altos funcionários do segundo escalão ou de empresas estatais.
espetacularização do nada. Expressão decorada pela Primeira Companheira para ensinar que o que parece um tremendo escândalo é só uma distorção visual decorrente de um tipo de miopia causado por efeitos especiais produzidos pela imprensa.
esquerda. 1. Categoria que abrange todos os que apoiam Lula. 2. Conglomerado que junta em torno do mesmo chefe militantes do PT, antigos servidores da ditadura militar, coronéis de grotão, senhores feudais, capitalistas selvagens, socialistas que só pensam em dinheiro e órfãos do Muro de Berlim. (Exs: José Dirceu é de esquerda; José Sarney é de esquerda)
F
factoide.
Fato relevante que, para não deixar o PT ainda pior no retrato, deve ser exibido em tamanho 3 por 4 e em matizes de rosa.
faxina ética. 1. Limpeza simulada para aumentar a sujeira. 2. Truque concebido para convencer o eleitorado de que Dilma Rousseff não conheceu nem de vista gatunos com os quais conviveu durante oito anos. 3. Serviço executado por faxineiras que não conseguem viver sem lixo por perto.
faxineira. Fantasia usada por Dilma Rousseff para fingir que varreu o lixo empurrado para baixo do tapete ou guardado no bolso do avental.
Fernando Henrique Cardoso. 1. Ex-presidente que, embora tivesse ampla maioria no Congresso, fez questão de aprovar a emenda da reeleição com a compra de três votos no Acre só para provocar o PT. 2. Governante que, depois de oito anos no poder, só conseguiu inaugurar a herança maldita.
FHC. 1. Grande Satã; demônio; capeta; anticristo;. satanás; diabo. 2. Assombração que vive aceitando debater com Lula só para impedir que o maior governante de todos os tempos se dedique a ganhar o Nobel da Paz. 3. Sigla que, colocada nas imediações do SuperLula, provoca no herói brasileiro efeitos semelhantes aos observados no Super-Homem perto da kriptonita verde.
financiamento de campanha. Expressão usada por integrantes da quadrilha chefiada por José Dirceu e por testemunhas de defesa em depoimentos na polícia ou na Justiça sobre o escândalo do mensalão.
Foro de São Paulo. 1. Feira internacional que agrupa remanescentes de espécies ideológicas extintas na Europa e em expansão na América Latina. 2. Quermesse destinada a arrecadar fundos para a Irmandade dos Órfãos do Muro de Berlim.
G
governabilidade.
1. Graça concedida a governantes que são justos na divisão dos lucros. 2. Palavrão que justifica todas as barganhas bandidas entre o Planalto e a base alugada.
greve: 1. Forma de luta a serviço dos oprimidos (quando a paralisação prejudica governos contrários ao PT). 2. Forma de chantagem a serviço dos opressores do povo (quando a paralisação prejudica governos controlados pelo PT)
grupo insurgente. Organização terrorista que se opõe ao imperialismo ianque. (Ex: As Farc são um grupo insurgente)
H
herança maldita.
Conjunto de mudanças ocorridas durante o governo FHC que incluem o Plano Real, a estabilização da moeda, a privatização de estatais em frangalhos, a modernização da telefonia, a Lei de Responsabilidade Fiscal, a consolidação da democracia e a fixação das diretrizes da política econômica que Lula manteve.
I
imprensa popular
: 1. Ajuntamento de meios de comunicação patrocinados por estatais ou empresas beneficiadas por obras públicas, que publicam textos escritos por quem presta vassalagem ao governo e ao PT por vassalagem, idiotia ou dinheiro.
inclusão social. Transferência de pobres para a classe-média sem aumento salarial.
inundação. Desastre natural provocado por chuvas fortes que, embora se repitam em todos os verões desde o século passado, continuam surpreendendo o governo.
IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). 1. Fábrica de brasileiros da nova classe média. 2. Clube de alquimistas especializados na transformação de pobre em ex-pobre sem aumento de salário.
J
justiça social
. Expressão que, repetida cinco vezes por dia durante dois anos, induz um catador de lixo a acreditar que a única diferença que o separa de um banqueiro é que um deles dá gorjeta e o outro recebe.
L
líder.
Ditador inimigo do imperialismo estadunidense. (Ver ditador)
livro didático do MEC. Inovação educacional que ensina a recitar sem constrangimentos frases como “nós pega os peixe” ou jurar sem hesitação que 10 menos 7 é igual a 4.
M
malfeito.
Crime praticado por bandidos de estimação do governo federal ou do PT.
maracutaia. 1. Expressão popularizada por Lula no século passado na discurseira que denunciava o que todos os outros partidos faziam. 2. Expressão abolida por Lula desde que o PT passou a fazer mais e melhor que todos os outros partidos.
marco regulatório. 1. Conjunto de normas, leis e diretrizes que, se não fossem atropeladas pelo governo de meia em meia hora, garantiriam o bom funcionamento de setores nos quais agentes privados prestam serviços de utilidade pública. 2. Balaio de leis que não pegaram.
Mensalão. Maior escândalo que não existiu entre todos os outros ocorridos no Brasil desde o Descobrimento.
mercadante. Gente que revoga até o que considera irrevogável.
meu querido/minha querida. Expressões usadas por Dilma Rousseff quando está conversando em público com jornalistas ou ministros e não pode soltar o palavrão entalado na garganta.
mídia golpista: Imprensa independente.
militância. Rebanho formado por ovelhas tão obedientes que, se o Grande Pastor ordenar, tentará atravessar o despenhadeiro sem ponte.
ministério. 1. Equipe formada por 38 nulidades sob o comando de um neurônio solitários. 2. Prova definitiva de que o Brasil aprendeu a funcionar sem governo.
moralismo udenista. Doença que induz o portador a acreditar que todos são iguais perante a lei, que corrupção é crime e que lugar de ladrão é na cadeia.
MST. 1. Entidade financiada pelo governo para fazer a reforma agrária e levar à falência a agricultura. 2. Movimento formado por lavradores que não têm terra e, por isso mesmo, não sabem plantar nem colher.
N
né?.
Corruptela de “não é?” usada pela Primeira Companheira para permitir que o neurônio solitário repouse alguns segundos depois de uma frase sem pé nem cabeça e antes de outra que não tem começo, meio ou fim.
neoliberalismo. Doutrina pessoalmente concebida pelo demônio para disfarçar de novidade o capitalismo selvagem do século 19.
no que se refere. Expressão usada pela Primeira Companheira para avisar que lá vem besteira.
nuncaantesnestepaís. 1. Expressão decorada pelo Primeiro Companheiro para ensinar ao rebanho que o Brasil começou em 1° de janeiro de 2003 e que foi ele quem fez tudo, menos Fernando Henrique Cardoso.
O
Olimpíada de 2016.
1. Versão em escala cósmica dos Jogos Pan-Americanos mais bandalhos da história. 2. Competição esportiva que começa com a conquista da medalha de ouro pela equipe que representa o Brasil na modalidade assaltos orçamentais. 3. Negociata do século.
ONG. Organização não-governamental sustentada por negociatas governamentais.
ou seja. Expressão usada pelo Primeiro Companheiro para avisar que, como também não entendeu o que acabou de dizer, vai recitar o mesmo mistério com outras palavras.
Orçamento. 1. Montanha de reais extorquidos dos pagadores de impostos que financia a gastança em Brasília. 2. Bolo de dinheiro dividida em fatias desiguais que o governo reparte entre os partidos da base alugada para garantir a governabilidade. (Ver governabilidade)
P
PAC
. Maior concentração de canteiros de obras abandonados do planeta.
palestrante. Disfarce adotado por Lula para ganhar 200 mil dólares de empresários amigos para dizer, em 50 minutos, o que passou oito anos dizendo de graça a cada meia hora.
PIG. Partido da Imprensa Golpista, segundo os blogueiros estatizados agrupados no Partido da Imprensa Governista (PIG).
passaporte diplomático. Documento usado por filhos, netos e agregados do ex-presidente Lula para furar a fila da alfândega e entrar em outros países sem mostrar o que levam na bagagem.
pedra fundamental. Obra do PAC que não será construída mas já foi inaugurada.
PT: Seita que tem uma estrela vermelha como símbolo e Lula como único deus.
petista: 1. Devoto de Lula. 2. Indivíduo convencido de que foi Lula quem criou o Brasil.
Petrobrás. 1.Estatal fundada para cuidar dos interesses do Brasil na OPEP depois da Descoberta do Petróleo, uma das mais notáveis façanhas de Lula. 2. Empresa que, quanto mais produz, mais dinheiro perde. 3. Buraco negro.
política externa independente. 1. Conjunto de diretrizes concebidas para garantir que o Brasil esteja sempre contra os Estados Unidos e a favor do Irã, de Cuba, da Coreia do Norte e da Venezuela. 2. Escola diplomática onde se aprende a, diante de uma encruzilhada, escolher invariavelmente o caminho errado.
Predo II. Dom Pedro II segundo Lula. (Ver Transposição do São Francisco)
pré-sal. Presente que Lula ganhou de Deus por ter dispensado o Pai de continuar cuidando do Brasil.
presidenta. Forma de tratamento usada por candidatos a Sabujo do Ano ou companheiros com medo daquele pito que fez José Sérgio Gabrielli cair na choradeira.
presunção de inocência. Figura jurídica usada no Brasil Maravilha para ensinar que todo lulista culpado é inocente.
privatização. Entrega ao controle da iniciativa privada de empresas, atividades ou setores administrados até então por governos inimigos do PT. (Ver concessão)
R
recursos não-contabilizados.
1. Caixa dois. 2. Dinheiro extorquido sem recibo de donos de empresas que enriquecem com a ajuda do governo, empreiteiros de obras públicas ou publicitários presenteados com contratos sem licitação.
reforma ministerial. 1. Substituição de ministros pilhados em flagrante pela imprensa independente. 2. Substituição de ministros obrigados a deixar o cargo para disputar a próxima eleição. 3. Troca de seis por meia dúzia.
Regime Diferenciado de Contratação (RDC). Malandragem que dispensa de licitações e limitação de gastos todos os contratos envolvendo obras ou serviços supostamente vinculados à Copa da Roubalheira e à Olimpíada da Ladroagem.
revisão de contrato. Reajuste de sobrepreços e propinas.
S
segundo escalão:
Cabide de empregos que o governo usa para estimular, saciar ou diminuir a fome e a sede do PMDB.
sindicalista. Companheiro que abandonou o emprego regular no século passado para exercer o lucrativo ofício de pelego.
sindicância interna. Investigação feita por companheiros especializados em absolver por falta de provas.
Sírio-Libanês. Hospital a que recorrem Altos Companheiros com problemas de saúde para que o SUS, que está perto da perfeição, tenha mais vagas para os miseráveis, os pobres e a nova classe média inventada pelo IPEA. (Ver SUS)
SUS. Filial em tamanho gigante do Sírio-Libanês reservada a quem não tem dinheiro para internar-se na matriz. (Ver Sírio-Libanês)
T
taxa de sucesso.
Propina embolsada por filhos, parentes e agregados de Erenice Guerra que usavam a influência da chefe da quadrilha e da Casa Covil para permitir que algum empresário malandro continuasse a fechar contratos com o governo sem ter cumprido o combinado em contratos anteriores. (Ex: Israel Guerra subiu na vida não porque é gatuno, mas por colecionar taxas de sucesso)
Transposição do São Francisco. Tapeação multibilionária inventada pelo ex-presidente Lula para ser promovido a Dom Pedro III. (Ver Predo II)
trem-bala. Trem fantasma que partiu da cabeça de Lula e estacionou na cabeça de Dilma Rousseff, onde vai atravessar o século em companhia do neurônio solitário.
U
União Nacional dos Estudantes (UNE).
1. Entidade que representou os universitários brasileiros até ser estatizada em 2003 e transformar-se na União Nacional dos Estudantes Amestrados (UNEA), premiada pela vassalagem ao governo com uma sede nova projetada por Oscar Niemeyer. 2. Balcão de compra e venda de carteirinhas que garantem meia-entrada. 3. Curso de doutorado em maracutaias reservado a futuros ministros do Esporte. 4. Clube recreativo dirigido por estudantes que demoram 15 anos para concluir um curso que dura cinco. (Ver UNEA)
V
veja bem.
Expressão usada pelo Primeiro Companheiro para avisar que vai descrever uma paisagem do Brasil Maravilha que só ele enxerga.

terça-feira, março 13, 2012

Um partido em ruínas

CANAL R&R FOCO NO FATO
Por Pérolas da Dilma


PT em ruínas!
 Covil da maior e mais sórdida facção delituosa da história de nossa anêmica República. Onde houve um verdadeiro ajuntamento entre murídeos sem raça e párias dissolutos que viviam em pleno degredo moral. Esse é o partido "DÚ CARA", cara que se travestiu de messias e logrou êxito ao granjear milhares de melia...ntes impenitentes, nos quais não salvaram pseudos intelectuais e nem tão pouco a legião dos abestalhados da nau. PT o que não teve princípios mas já terá o seu FIM!
E Miss Dilma em pleno desespero promove verdadeira varredura entre os lacaios da facção. Sai Jucá e entra Eduardo Braga na liderança do reinado lá na casa da orgia (vulgo SENADO).
E para refrescar a memória