terça-feira, novembro 06, 2012

À espera do pior

PUBLICADO NA COLUNA DE RICARDO NOBLAT
O medo e o ranger de dentes parecem ter cedido lugar à cautela e à sensatez como atitudes mais indicadas para orientar o comportamento do PT diante do que está por vir ─ a cadeia, destino certo de alguns dos seus festejados ex-dirigentes, e a possível, embora ainda incerta, investigação sobre o papel desempenhado por Lula no esquema do mensalão.
O PT estava pintado para a guerra. Guardou as armas. Fez bem.
Deu-se, por exemplo, como definida a ausência da presidente Dilma Rousseff na posse do ministro Joaquim Barbosa, o novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).
Lula não queria vê-la por lá nem com manto, cetro e coroa. Está furioso com o rigor que tem pautado as intervenções de Joaquim durante o julgamento do mensalão.
Imperdoável, por suposto.
E pensar que Joaquim deve a Lula o cargo que ocupa… E pensar que seu nome foi selecionado por Frei Betto, assessor especial de Lula no primeiro governo dele.
Ingrato!
Afinal, prevaleceu a moderação. Dilma viajará à Espanha. Mas voltará às vésperas da posse de Joaquim na vaga a ser aberta com a aposentadoria do ministro Carlos Ayres de Britto.
Trata-se de um rito de Estado a presença do presidente da República na posse do chefe do Judiciário. Pelo menos assim entende Dilma.
O contrário seria no mínimo um desaforo. Ou para ser exato: um ato de provocação.
Presidente da República pode muito, mas não pode tudo.
A condenação do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), um dos envolvidos no crime do mensalão, desatou no PT uma onda de ataques duros e inconsequentes ao STF.
Como se aquela corte fosse composta por homens fracos, covardes, que cedem à pressão de uma imprensa supostamente ávida por cabeças e de uma opinião pública bobinha movida a manchetes e artigos.
O barulho provocado pelo julgamento talvez fosse capaz de influenciar o resultado de uma eleição nacional. Mas a que tivemos há pouco foi local.
O PT saiu dela celebrando alguns prodígios ─ o único de fato retumbante, a reconquista da prefeitura de São Paulo.
É o terceiro partido em número de prefeitos. Mas é o primeiro em número de pessoas que governa.
O PMDB e o PSDB perderam prefeituras.
O PSB foi o partido que mais cresceu ─ 40%. Embora tenha obtido vitórias em Minas, Rio de Janeiro e São Paulo, se mantém um partido basicamente regional. Nordestino. Deixou de ser satélite do PT ─ e isso não foi pouco.
Alguém deve ter-se dado conta de que a rebelião do PT contra o STF poderia agravar a situação do partido aos olhos do distinto público e na reta final do julgamento.
Aconselhado pelo ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, Lula reuniu-se com José Dirceu e José Genoino e ordenou que baixassem a bola. A ordem foi repassada ao deputado Rui Falcão, presidente do PT.
Nada de nota oficial para censurar o STF. Nem de manifestações hostis promovidas pela Central Única dos Trabalhadores.
A hora é de esperar para ver no que vai dar.
O PT imaginou que o STF absolveria algumas de suas estrelas ─ Dirceu e Genoino com certeza. Foram condenadas.
O PT imaginou que, se condenadas, elas acabariam poupadas de cumprir pena atrás de grades. Tudo sugere que não serão.
Para completar, o ex-publicitário Marcos Valério, um dos operadores do mensalão, pediu para ser ouvido pelo Procurador Geral da República e, em depoimento assinado, disse que tem muito a revelar.
Reza o PT para que Valério não tenha como provar o que a VEJA e o jornal O Estado de S. Paulo publicaram nas últimas semanas ─ que Lula era o chefe do mensalão; que Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda, participou do esquema da compra de apoios políticos; e que ele, Valério, enviou para o exterior dinheiro destinado ao PT.
Terá Valério abastecido ou tido acesso à caixa-mãe de todos os Caixas 2 onde o PT esconde dinheiro obtido irregularmente? Será trágico para o partido se isso tiver ocorrido.
Valério quer contar o que diz saber em troca de menos anos de cadeia. O Procurador Geral da República poderá ou não aceitar sua proposta.
Mas caso Valério formalize uma denúncia contra quem quer que seja, e desde que ela seja minimamente fundamentada, o Procurador não poderá ignorá-la. É sua obrigação providenciar para que uma denúncia de crime seja apurada.
Então talvez saberemos se Lula foi de fato apenas um idiota, um panaca, feito de trouxa por seus acólitos, alheio ao que se passava a poucos metros do seu gabinete no Palácio do Planalto.
Ou então se Lula mente ao país até hoje.
RICARDO NOBLAT

terça-feira, agosto 14, 2012

Só o chefe não sabia

Falando francamente, qual é a imagem que se tem de Lula? Melhor dizendo, se alguém lhe pedisse uma definição do nosso ex-presidente da República, qual daria? Diria que se trata de uma pessoa desligada, pouco objetiva, que mal repara no que se passa à sua volta? Estou certo de que não diria isso, nem você nem muito menos quem privou ou priva com ele.
Ao contrário de alguém desligado, que entrega aos outros a função de informar-se e decidir por ele, Lula sempre se caracterizou por querer estar a par de tudo o que acontece à sua volta e, muito mais ainda, quando se trata de questões ligadas a seu partido e à realidade política em geral.
As pessoas que o conheceram no começo de sua vida política, como os que lidaram com ele depois, são unânimes em defini-lo como uma pessoa sagaz, atenta e sempre interessada em tudo saber do que se passava na área política e, particularmente, o que dizia respeito às disputas, providências e articulações que ocorriam dentro do seu partido e no plano político de um modo geral.
Isso já antes de sua chegada ao poder. Imagine você como passou a agir depois que se tornou presidente da República. Se hoje mesmo, quando já não ocupa nenhum cargo no governo nem no partido, faz questão de saber de tudo e opinar sobre tudo, acreditaria você que, no governo, deixava o barco correr solto, sem tomar conhecimento do que ocorria? Isto é, sabia de tudo menos do mensalão?
Veja bem, hoje mesmo, alguma coisa se faz na Câmara dos Deputados ou no Senado sem o conhecimento da Dilma? Os repórteres, os comentaristas políticos estão diariamente a nos informar do controle que o Planalto exerce sobre o Parlamento.
A cada problema que surge, a cada decisão importante, Dilma convoca os líderes da base parlamentar para dizer a eles como devem agir, como devem votar, que decisões tomar. Isso Dilma, hoje. Imagine o Lula, quando presidente, mega como sempre foi, mandão por natureza. Sem dúvida que estava a par de tudo e em tudo interferia, por meio de seus paus-mandados. Dá para acreditar, então, que ele só não sabia do mensalão, nem sequer ouvira falar? Claro que você não acredita nisso, nem eu.
É evidente que Lula não podia ignorar o mensalão porque não se tratava de uma questão secundária de seu governo. Longe disso, o mensalão foi o procedimento encontrado para, com dinheiro público, às vezes, e com o uso da máquina pública, noutras vezes, comprar o apoio de partidos e os votos de seus representantes no Congresso.
Não se tratava, portanto, de uma iniciativa secundária, tomada por figuras subalternas, sem o conhecimento do chefe do governo. Nada disso. Tratava-se, pelo contrário, de um procedimento de importância decisiva para a aprovação, pelo Congresso, de medidas vitais ao funcionamento do governo. Portanto, Lula não apenas sabia do mensalão como contava com o apoio dos mensaleiros para governar.
Certamente, o leitor perguntará: por que Lula, esperto como é, arriscou-se tanto? Pela simples razão de que não desejava dividir o poder com nenhum partido forte, capaz de lhe impor condições. Como é próprio de seu caráter e de seu partido, só admitia aliança com quem não lhe ameaçasse a hegemonia.
Não estou inventando nada. Todo mundo leu nos jornais, logo após a vitória nas eleições presidenciais, que José Dirceu articulava a aliança do novo governo com o PMDB.
Só que Lula não aceitou e, em seu lugar, buscou o apoio dos pequenos partidos, aos quais não teria que entregar ministérios e altos cargos nas estatais. Em vez disso, os compraria com dinheiro. E foi o que fez, até que, inconformado, Roberto Jefferson pôs a boca no mundo.
Lula, apavorado, advertiu os seus comparsas para que assumissem a culpa, pois, se ele, Lula, caísse, todos estariam perdidos. E assim foi para a televisão, disse que havia sido traído e se safou.
Bem mais tarde, com a cara de pau que o caracteriza, afirmou que nunca houve mensalão mas, ainda assim, tentou chantagear um ministro do Supremo. Afinal, por tudo isso, recebeu o título de doutor honoris causa! Merecidíssimo, claro!

Ferreira Gullar (José Ribamar Ferreira) é  poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro e um dos fundadores do neoconcretismo.

Folha de São Paulo, 12 de Agosto de 2012.

terça-feira, agosto 07, 2012

Dilma comanda um país à beira da greve geral

O País vive um momento crítico de greves de servidores federais, que atinge diversas regiões e categorias. Já são mais de 350 mil funcionários públicos de braços cruzados, dentre eles professores e servidores de Universidades Federais, agências reguladoras, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos ministérios da Agricultura e Saúde, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) entre outros.
Para piorar a situação, os servidores do Tesouro Nacional e da Controladoria Geral da União (CGU) decidiram iniciar uma paralisação de 48 horas nesta segunda-feira 6. Caso não seja fechado um acordo de reajuste salarial com o governo federal, a greve se estenderá para outras entidades da área econômica e culminar com uma ampla greve a partir do dia 20. De acordo com o Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacom), a paralisação desta segunda-feira atingiu 50% dos funcionários e deve durar até esta terça-feira.
A greve faz parte da ampla mobilização de 23 entidades de servidores públicos federais divididos nos seguintes setores: advocacia e defensoria federais, auditores do fisco e do trabalho, delegados e peritos da Polícia Federal, e do ciclo de gestão e do núcleo financeiro. Isso envolve servidores do Planejamento, Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários, Itamaraty, entre outros. O Ministério do Planejamento deve receber as categorias na próxima semana, mas alguns setores podem ter a reunião adiada.
"Se até o dia 20 não tiver proposta nós vamos entrar em greve. Como já foi aprovado em assembleia", disse o presidente do sindicato dos sevidores do BC (Sinal), Sérgio Belsito. O Sinal representa 4.500 servidores da ativa. Já na próxima quarta-feira, servidores do BC, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e da Receita Federal fazem uma paralisação de advertência. No mesmo dia, está previsto um ato na Esplanada dos Ministérios com todas as 23 entidades pelo reajuste salarial.
Também no dia 8, aproximadamente 600 servidores da CVM devem fazer um dia de paralisação, segundo o presidente do SindCVM, Leonardo Wanistok. "Acho que está todo mundo engajado", disse. Os funcionários da Superintendência de Seguros Privados (Susep) vão realizar assembleia no mesmo dia para decidir se aderem à paralisação daquele dia.
Também nesta segunda-feira, os servidores da Polícia Federal em São Paulo decidiram, em assembleia, entrar em a partir desta terça-feira por tempo indeterminado. De acordo com o Sindicato dos Servidores da Policia Federal, os serviços essenciais e o efetivo mínimo legal serão garantidos. Eles pedem a reestruturação da carreira dos agentes, escrivães e papiloscopistas, melhoria salarial e concursos para os cargos do plano especial de cargos (PEC).
Negociações com o governo
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Josemilton Costa, disse que a estratégia do governo de adiar as negociações tem efeito contrário ao desejado. "Cada dia mais aumenta o quantitativo de grevistas. Então essa estratégia mostra que o tiro está saindo pela culatra", afirmou o sindicalista.
O presidente do Unacom, Rudinei Marques, afirmou que o grau da paralisação desta segunda-feira surpreendeu. A Unacom representa 3 mil servidores da ativa. "Não esperávamos uma adesão tão grande", afirmou Marques. "Afeta a rolagem da dívida, a transferência de municípios. É inegável que tem um prejuízo para a administração pública", emendou. As duas carreiras ameaçam cruzar os braços por tempo indeterminado a partir do dia 20 para ficar em sintonia com os 23 grupos de servidores.
A Secretaria do Tesouro Nacional informou que as compras de títulos do Tesouro Direto ficarão paralisadas também na terça-feira, voltando ao normal na quarta-feira. As operações de recompra não foram prejudicadas. As emissões mensais do Tesouro Direto representam cerca de 0,8 por cento do total das emissões da dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi).

Com Reuters e Agência Brasil

quarta-feira, julho 25, 2012

Discriminar por raça é crime

O relato de Marcel van Hatten na página de opinião do ZH é contundente, emblemático da dissolução de valores fundamentais de nossa república e da constituição de 1988. O comportamento da UNE é digno de comparação com o comportamento da Juventude Hitlerista. Assediando acadêmicos considerados “contra o regime”, fazendo discursos racistas abertamente, como se fossem algo desejável para o “bem da nação”e para a “justiça histórica”. Estes clichês, do discurso de um dos partidos políticos que mais matou gente no mundo em nome de suas ideologias, o partido nazista; ecoam mais de meio século após o fim da guerrra no debate sobre as cotas raciais no Brasil. A história muitas vezes anda em círculos, e coisas que vimos no passado resurgem, como velhas fotos dos horrores da guerra no fundo do baú de um ancestral. A definição de racismo, em qualquer dicionário, é diferenciar por raças. Mesmo isto sendo expressamente vetado pela constituição, o que seria mais do que o suficiente para nem se cogitar esta possibilidade, é uma das práticas mais condenadas por qualquer um que conheça a história da humanidade, das guerras e das tragédias políticas. A demagogia e o populismo exacerbados, que esquecem até mesmo de valores básicos, levam a injustiça e ao confronto violento. A LEI Nº 7.716/89c que define crimes resultantes da incitação ao racismo, com pena de reclusão de até dois anos, é bem claro: “Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.” É CRIME. O que estamos vendo no processo de implementação das chamadas cotas raciais nada mais é do que um CRIME descrito e regulamentado pela própria legislação que condena o racismo no Brasil. Discriminar por raça é crime! Mais uma vez o dicionário ajuda; discriminar é sinônimo de diferenciar, atribuir tratamento diferente. O que se está fazendo com estas “cotas-raciais” nada mais é que praticar o crime de atribuir tratamento diferenciado baseado na raça ou origem nacional e incitar o racismo em nossa sociedade. Por isso insisto: o Brasil está desgovernado. Assim como a Alemanha sob Hitler com sua completa falta de limites e escrúpulos. Os que conhecem o desfecho da história sabem os resultados de esquecer e violar os valores básicos das constituições democráticas.
(Transcrito do BLOG de Onyx Lorenzoni)

Onyx Lorenzoni é Deputado federal, vice-líder da bancada do DEM na Câmara dos Deputados


quarta-feira, julho 04, 2012

Palocci vai receber 106 mil reais do governo por que teria ficado sem trabalhar após sair do governo Dilma

INEXPLICÁVEL:
Difícil explicar e muito complicado de acreditar. Palocci estaria recebendo por conta do período em que fica impedido de trabalhar, são quatro meses pela atual legislação. Esta quarentena existe para evitar o tráfico de influências ou o conflito de interesses, que nada mais é do que usar informações privilegiadas da administração federal a fim de beneficiar empresas privadas e assim lucrar. No país da “piada pronta” vamos ter que explicar para o contribuinte que Palocci saiu por ter aumentado MUITO seu patrimônio com uma consultoria que, suspeita-se, fazia tráfico de influências. Agora, este que saiu por que não teria respeitado o princípio do “conflito de interesses”, ou seja, usar informações privilegiadas da administração federal para ganhar dinheiro, ganha 106 mil reais pois não pode exercer seu “tráfico de influências” por 4 meses. Em países sérios, este período de quarentena pode durar anos, em que as pessoas que fizeram parte da administração federal NÃO podem exercer cargos em empresas privadas havendo “conflito de interesses”. Mas o fato, que não tem graça alguma e é muito mal explicado, é que outros ministros também têm consultorias, inclusive o da justiça na própria área da justiça. Não menos absurdo é vermos um ex-ministro da justiça defendendo um criminoso corruptor de parlamentares e adminstradores do governo, defendendo um cliente que cometeu estes atos justamente em uma administração da qual ele fez parte e agora defende: exemplo clássico de “conflito de interesses” e fato profundamente degradante das nossas instituições como a advocacia, o estado de direito e a presumida a isenção dos administradores públicos.

(Transcrito do BLOG de Onyx Lorenzoni)
Onyx Lorenzoni é Deputado federal, vice-líder da bancada do DEM na Câmara dos Deputados

quarta-feira, junho 27, 2012

O Brasil está desgovernado

Por  Onyx Lorenzoni

Nesta semana, foi publicado o relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que avaliou as ações da presidente Dilma Vana Rousseff em seu primeiro ano. O relatório revelou um quadro preocupante de deficiências de planejamento e de monitoramento das ações do governo federal. Por exemplo, apenas 20% das ações prioritárias previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) foram executadas. As ações prioritárias são aquelas obras urgentes como a reconstrução de áreas destruídas por catástrofes naturais ou grandes obras de infraestrutura, das quais o Brasil é carente.
O TCU também constatou que os atrasos no PAC não são casos isolados. Na transição do PAC 1, de Lula, para o PAC 2, de Dilma, adiaram-se as obras através de uma "reprogramação de prazos" que alterou o prazo de entrega das obras. Nas obras do setor de transportes, houve um adiamento médio de 437 dias por ação. Deve-se tanto atraso, na avaliação do TCU, à incapacidade do governo de gerir obras de vulto. Na minha avaliação, se deve à partidarização de órgãos técnicos do governo federal, não existe salinha em Brasília sem CC para contemplar a incompetência de companheiros e companheiras. Além disso, os projetos básicos, usados como referência nas licitações, são precários. Em consequência, as obras ficam sujeitas a revisões que esticam o cronograma e elevam os custos.
O TCU menciona ainda problemas nas concessões do setor elétrico. Por conta da falta de planejamento, ainda não foram definidas as diretrizes que nortearão a renovação de contratos que expiram em 2015. Envolvem 37 das 63 distribuidoras de energia do país. Está em jogo 18% de toda a geração de energia elétrica do país e 84% da rede básica de transmissão. O relatório aponta que faltam diagnósticos e objetivos acurados, com a identificação adequada das necessidades de cada área e das ações que possam contribuir para atendê-las.
O Brasil, como vemos, está desgovernado, patina nos gargalos de infraestrutura, hospitais superlotados, longas filas de espera por vagas em creches, estradas em más condições, portos e aeroportos subdimensionados e risco de apagões energéticos. Para onde vai o dinheiro dos mais altos impostos das Américas? O governo federal, que já foi capaz de construir Brasília em três anos e meio, hoje não consegue reformar aeroportos, nem construir estradas em 10 anos de administração petista. A "competência" de Dilma, de que tanto se falou na campanha de 2010, não se comprova na prática, e a população gaúcha e brasileira, que paga altos impostos e juros, não consegue ter retorno pelo dinheiro retirado de seu bolso.
Onyx Lorenzoni é Deputado federal, vice-líder da bancada do DEM na Câmara dos Deputados

segunda-feira, junho 25, 2012

FERNANDO LUGO É O FERNANDO COLLOR PARAGUAIO

Por Elsinho Mouco

 O mundo discute o Impeachement em 30 horas do presidente paraguaio Fernando Lugo, não é verdade, esse processo de impedimento começou a 30 meses e uns quebrados, desde a posse de Lugo, os seus primeiros atos como mandatário sinalizava que a sua vitória, a sua personalidade, a sua gestão, seria uma tragédia política. Deu no que deu. Pra não ficarmos na argumentação política, apaixonada, partidarizada, só vou lembrar um perfil deste senhor Obispo, logo no primeiro mês da sua eleição apareceram algumas mulheres se dizendo violentadas e/ou amantes do sacertode Lugo, reclamando o reconhecimento das crianças. Até agora foram 4 filhos publicamente reconhecidos pela sociedade paraguaia, (Lugo já admitiu e reconheceu dois), tá bom assim ou preciso dizer mais? rs Muito parecido com Collor de Melo, Lugo não tinha respeito pelo rito, por exemplo, mantinha o Palácio dos Lopes como se fora um bordel, viciado em sexo, ele todas as noites champanhava. Isolado como Collor, o ex-mandatário tinha o hábito de não atender a classe política, diferente do Collor, ele pelo menos ouvia, atendia os líderes, pra depois não fazer absolutamente nada. O Paraguai na verdade fez a tarefa de casa, mas sabemos que a 'esquerda paraguaia' é a queridinha dos presidentes vizinhos, Dilma, Cristina, Evo e Jose Mujica, todos tem pânico do Liberal Federico Franco, mas gostando ou não do processo essa é uma decisão soberana dos paraguaios. Agora tem uma coisa, nada que uma boa freada de arrumação ponha todos à mesa. É o caso. E Lugo, hein? Ah... esse só quer é namorar, Larissa Riquelme nele!!!!Ver mais

Elsinho Mouco é profissional de comunicação (Publicitário)
Mora e trabalha em São Paulo
     "Ser moderno, sem perder a memória" é sua citação favorita.

segunda-feira, abril 02, 2012

A COALIZÃO DO APARTIDARISMO CORRUPTO

Por Nélio Roças


Novos casos de corrupção rechearam o final de semana, para enfraquecer ainda mais as nossas instituições democráticas.
Para quem vem acompanhando o desdobramento dos "desmandos” da chefa da quadrilha, Dilma Rousseff e seu desastroso  governo, que encaminha o Brasil para a maior crise institucional já vista, os fatos ainda conseguem surpreender.

Vejamos:
Demóstenes Torres, o guardião da moral e bons costumes do senado federal, era sim, representantes de uma quadrilha que dentre outras “coisas” promovia a proliferação do jogo de máquinas caça-níqueis e para sua manutenção corrompia os altos escalões da “Republiqueta da Impunidade”.

O que mais impressiona na “distribuição” indiscriminada de dinheiro sujo e favores prestados por Cachoeira, que envolve figuras, figurinhas e figurões, é o alto grau de “imparcialidade” do delinquente no que tange a partidarismo ou formação ideológica.

Sim, todos os partidos que tem representação no legislativo Federal estão reféns de Carlinhos Cachoeira e a "cascata" parece que esta longe de acabar. O Deputado Federal Stepan Nercessian (PPS/RJ) é o mais novo denunciado de ter recebido dinheiro do bicheiro, sabe-se lá em troca de que.

E na ânsia de descobrir FATOS novos nessa engenharia que começa a se revelar, se perde aos poucos o FOCO das atenções para o que o governo mais teme no momento, o Julgamento do Mensalão, crime na iminência de "caducar" nas mãos do STF nos próximos meses.

Os crimes cometidos contra as instituições no Brasil estão bem ao gosto das coalizões e do discurso "apartidário" que reflete e muito, a impunidade nesse pais, mas vai ter que entrar na fila para satisfazer um pouco a sede da sociedade brasileira que, já em tempo, e ha muito tempo, clama por justiça.

FOCO no FATO mostra abaixo a lista de delitos dos mensaleiros e suas possíveis penas, bem como a quantidade de folhas usadas pela defesa dos referidos e denunciados pelo crime do "MENSALÃO".



EIS A LISTA E AS ACUSAÇÕES CONTRA OS #IMUNDOS

Anderson Adauto (ex-ministro dos Transportes) – Corrupção ativa (dois a 12 anos de reclusão e multa) e lavagem de dinheiro (três a dez anos de reclusão e multa). Para sua defesa foram usadas 32 páginas.

Anita Leocádia (ex-assessora do deputado Paulo Rocha) – Lavagem de dinheiro (três a dez anos de reclusão e multa). Sua defesa tem 35 páginas.

Antônio Lamas (irmão de Jacinto Lamas) – A PGR pede sua absolvição por falta de provas. Sua alegação final de defesa conta com 14 folhas.

Ayanna Tenório (ex-vice presidente do Banco Rural) – Responde pelo crime de gestão fraudulenta de instituição financeira (pena varia de três a 12 anos de reclusão e multa), lavagem de dinheiro (três a dez anos de reclusão e multa) e formação de quadrilha (um a três anos). Sua defesa final tem 384 páginas.

Breno Fischberg (ex-sócio da corretora Bônus-Banval) – A PGR quer sua condenação pelos crimes de formação de quadrilha (pena de um a três anos), lavagem de dinheiro (três a dez anos de reclusão e multa). A defesa ficou com 221 páginas.

Carlos Alberto Quaglia (operador de câmbio) – A PGR quer sua condenação por formação de quadrilha (pena de um a três anos de reclusão). Ele também responde por incorrer sete vezes em crimes de lavagem de dinheiro (três a dez anos de reclusão e multa). Sua defesa, de 14 páginas, foi elaborada pela Defensoria Pública da União.

Carlos Alberto Rodrigues Pinto (bispo Rodrigues, ex-deputado) – Responde pelo crime de corrupção passiva (pena de dois a 12 anos e multa) e por lavagem de dinheiro (três a dez anos de reclusão e multa). Defesa conta com 169 páginas.

Cristiano Paz (ex-sócio de Marcos Valério) – A PGR quer sua condenação por dois crimes de corrupção ativa (dois a 12 anos de reclusão e multa), formação de quadrilha (um a três anos), evasão de divisa (dois a seis anos de reclusão), peculato (dois a 12 anos e multa) e lavagem de dinheiro (três a 10 anos e multa). A defesa tem 270 páginas.

Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT) – Responde por formação de quadrilha (uma a três anos e multa), e corrupção ativa (dois a 12 anos de detenção e multa). A defesa foi redigida em 136 folhas.

Duda Mendonça (ex-marqueteiro do PT) – A PGR quer sua condenação pelos crimes de lavagem de dinheiro (três a dez anos de reclusão e multa) e evasão de divisas (dois a seis anos e multa). Sua defesa conta com 32 páginas e é feita conjuntamente com a de Zilmar Fernandes da Silveira.

Emerson Eloy Palmieri (ligado a Roberto Jefferson) – Incorreu, segundo o MP, nos crimes de corrupção passiva (dois a 12 anos de reclusão e multa) e lavagem de dinheiro (três a 10 anos de detenção e multa). Sua defesa conta com 23 páginas.

Enivaldo Quadrado (dono da corretora Bônus-Banval) – Formação de quadrilha (dois a 12 anos de reclusão e multa) e lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa). A defesa, feita em conjunto com a de Breno Fischberg, tem 221 páginas.

Geiza Dias (ex-funcionária de Marcos Valério) - Lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa), corrupção ativa (dois a 12 anos), formação de quadrilha (um a três anos), evasão de divisas (dois a seis anos de reclusão). A defesa tem 10 páginas.

Henrique Pizzolato (ex-diretor de marketing do Banco do Brasil) – A PGR quer sua condenação pelos crimes de peculato (dois a 12 anos de reclusão e multa), corrupção passiva (dois a 12 anos e multa), lavagem de dinheiro (três a 10 anos e multa). Sua defesa conta com 93 páginas.

Jacinto Lamas (irmão de Antônio Lamas) - Formação de quadrilha (um a três anos de reclusão), lavagem de dinheiro (três a 10 anos e multa), corrupção passiva (dois a 12 anos e multa). Defesa de 50 páginas.

João Claudio Genu (ex-assessor da liderança do PP) - Formação de quadrilha (reclusão de um a três anos), corrupção passiva (dois a 12 anos e multa) e lavagem de dinheiro (três a 10 anos e multa). A defesa tem 47 folhas.

João Magno (ex-deputado PT-MG) - Lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa). Fez sua defesa em 14 páginas.

João Paulo Cunha (ex-presidente da Câmara) - Lavagem de dinheiro (três a 10 anos e multa), corrupção passiva (dois a 12 anos e multa) e peculato (dois a 12 anos e multa). Usou 523 folhas para fazer sua defesa.

José Borba (ex-deputado PMDB-PR) - Corrupção passiva (dois a 12 anos e multa); Lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa). Sua defesa tem 32 páginas.

José Dirceu (ex-ministro Chefe da Casa Civil) - Corrupção ativa (dois a 12 anos e multa), formação de quadrilha (um a três anos de reclusão). Os argumentos de defesa ocupam 162 páginas.

José Genoino (Ex-presidente do PT e atual assessor do ministro da Defesa Nelson Jobim) - Corrupção ativa (dois a 12 anos e multa); formação de quadrilha (um a três anos de reclusão). Sua defesa tem 161 páginas.

José Janene – Falecido.

José Luiz Alves (ex-diretor financeiro do ministério dos Transportes) - Lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa). Sua defesa foi feita em 30 páginas.

José Salgado (ex-vice-presidente do Banco Rural) - Gestão fraudulenta (pena varia de três a 12 anos de reclusão e multa), lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa), formação de quadrilha (um a três anos de reclusão) e evasão de divisas. Sua defesa foi feita em 284 páginas.

Kátia Rabello (ex-presidente do Banco Rural) - Gestão fraudulenta (três a 12 anos de reclusão e multa), lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa), formação de quadrilha (um a três anos de reclusão) e evasão de divisas (dois a seis anos de reclusão e multa). Sua defesa tem 223 páginas.

Luiz Gushiken (ex-secretário de Comunicação Social da Presidência da República) – Absolvido pela PGR em suas alegações finais por falta de provas, fez sua defesa em 19 páginas.

Marcos Valério (acusado de ser operador do esquema e dono de agências de publicidade) - Corrupção ativa (dois a 12 anos e multa); peculato (dois a 12 anos e multa), lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa), formação de quadrilha (um a três anos de reclusão) e evasão de divisas (dois a seis anos de reclusão e multa). Foram usadas 149 páginas para a redação de sua defesa.

Paulo Rocha (ex-deputado PT-PA) - Lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa). Sua defesa tem 38 páginas.

Pedro Corrêa (ex-presidente do PP) - Formação de quadrilha (um a três anos de reclusão), corrupção passiva (dois a 12 anos e multa) e lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa). A defesa conta com 98 páginas.

Pedro Henry (ex-deputado PP-MT) - Formação de quadrilha (um a três anos de reclusão), corrupção passiva (dois a 12 anos e multa) e lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa). A defesa tem 42 páginas.

Professor Luizinho (ex-deputado pelo PT-SP) - Lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa). A defesa foi escrita em 126 páginas.

Rámon Hollerbach (ex-sócio de Marcos Valério) - Corrupção ativa (dois a 12 anos e multa), peculato (dois a 12 anos e multa), lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa), formação de quadrilha (um a três anos de reclusão), evasão de divisas (dois a seis anos de reclusão e multa). A defesa tem 51 páginas.

Roberto Jefferson (ex-deputado e delator do esquema) - Corrupção passiva (dois a 12 anos e multa) e lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa). A defesa, mais extensa dentre os réus, conta com 1632 páginas.

Rogério Tolentino (apontado pelo MP como sócio Marcos Valério) - Lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa), corrupção ativa (dois a 12 anos e multa) e formação de quadrilha (um a três anos de reclusão). A defesa tem 23 páginas.

Romeu Queiroz (ex-deputado federal e atual deputado Estadual em Minas Gerais) - Corrupção passiva (dois a 12 anos e multa) e lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa). A defesa tem 15 páginas.

Silvio Pereira (ex-secretário Geral do PT) – Está fora do processo pois fez acordo e cumpriu pena alternativa.

Simone Vasconcelos (ex-gerente financeira de uma das agências de Marcos Valério) - Lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa), corrupção ativa (dois a 12 anos e multa), formação de quadrilha (um a três anos de reclusão) e evasão de divisas (dois a seis anos de reclusão e multa). Sua defesa foi redigida em 75 páginas.

Valdemar da Costa Neto (ex-presidente do PL) - Formação de quadrilha (um a três anos de reclusão), lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa) e corrupção passiva (dois a 12 anos e multa). A defesa tem 169 páginas.

Vinícius Samarane (ex-diretor do Banco Rural) - Gestão fraudulenta (três a 12 anos de prisão e multa), lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa), formação de quadrilha (um a três anos de reclusão) e evasão de divisas (dois a seis anos de reclusão e multa). Sua defesa conta com 138 páginas.

Zilmar Fernandes (sócia de Duda Mendonça) - Lavagem de dinheiro (três a 10 anos de reclusão e multa) e evasão de divisas (dois a seis anos de reclusão e multa). Sua defesa, redigida conjuntamente com a de Duda Mendonça, conta com 32 páginas


Nélio Roças é Analista de Sistemas e Editor do Canal R&R Foco no Fato

 

Quem tem medo de Carlinhos Cachoeira?


segunda-feira, março 26, 2012

Alice e seu barraco de pau a pique com ar- condicionado

Por Andréa Richa


Moradora do Morro da Caixa d`Agua, no Complexo da Penha, mulheres como Alice tem o raro poder de me deixar confusa.

Alice TEM: 18 anos, um filho na barriga, um marido desempregado, uma ligação clandestina de eletricidade (gato) e, “certo conforto” em seu CASEBRE, que conta com: maquina de lavar roupas, forno elétrico, micro-ondas, geladeira, televisão, chuveiro elétrico e a proteção do estado para permanecer nesse mesmo... estado.

Agora vejamos o que Alice NAO TEM: Alice não tem educação, emprego, noção de controle de natalidade, intenções de pagar energia elétrica, pois, como ela mesma diz, ”pagar energia é muito ruim”… e principalmente, Alice não tem planos de mudar essa situação, pois planejamento para ela provavelmente é coisa para o “estado”.

É isso que me deixa pasma, Alice cresceu achando que não precisa ser nada nessa vida, apenas ter o que consegue através do assistencialismo do estado. Para isso basta se inscrever em programas do governo fazendo, por instinto a mesma pratica dos engravatados do congresso. O velho e bom “toma lá, da cá”.

Quer dizer, Alice, que esta grávida de seu primeiro filho, não precisa mais se preocupar com seu futuro, pois o governo federal tem o programa Rede Cegonha, que promete recursos para o deslocamento da gestante às consultas e exames por meio de um vale-transporte. A mãe também vai recebe um vale-táxi para ir à maternidade, caso tenha cumprido todo o pré-natal. E quando o bebe sair do hospital, o programa Criança Cidadã vai ser responsável pela emissão do registro civil de nascimento antes mesmo da alta hospitalar, poupando seu companheiro de qualquer burocracia ou peregrinação e custos no cartório e garantindo sem sombra de duvidas que, no futuro, a criança tenha completo acesso a um titulo de eleitor.

Ah, ela vai ter também a famosa transferência de renda que une o “Bolsa escola”, cartão alimentação, auxilio gás… que ela bem deve conhecer como Bolsa Família. Além disso, fica tranquila em relação aos estudos do herdeiro, pois, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome quer dar um premio em, adivinhe só… dinheiro – a proposta mínima é de R$ 204,00 por ano a alunos de 5 a 8 series do ensino fundamental que sejam aprovados e passem de ano. Mas se o moleque não quiser nada com a hora dos estudos, Alice não deve se desesperar, tendo em vista que o programa Erradicação do Trabalho Infantil, também garante uma transferência de renda para que o seu filho não precise aprender nenhum oficio antes de ter um primeiro emprego com carteira assinada.

Agora, como a vida nos prega muitas peças, caso o filho de Alice, por falta do que fazer ou por simples tendência a fazer besteiras, se envolver com drogas fáceis como o crack, ela pode buscar pelo cartão auxilio financeiro temporário de R$900,00 por mês para o custeio das despesas de internação voluntária do usuário de drogas. Mas se mesmo com todas essas oportunidades, Alice tiver o infortúnio de ver seu filho enveredar pelo mundo do crime tendo que cumprir pena em algum presídio, ainda assim ela poderá contar com o auxilio reclusão, valor médio apurado por família é de R$ 588,43 por mês.

Portanto, mesmo que não se prestem a ser, de alguma forma úteis a sociedade, folgo em saber que o futuro de Alice e seu rebento (e dos tantos que virão a seguir), esta garantido.

Agora, voltando ao que me confunde: Como pode o estado garantir tantos direitos a população inativa e amorfa, sem produzir riqueza, sem diminuir o déficit publico, usando sistema protecionista de estado, sem investimento em infraestrutura para que, a classe dos que pagam impostos trabalhe com tranquilidade e segurança?

Alice não tem culpa de achar que “pagar energia é muito ruim”, pois tudo isso lhe é oferecido com uma única contrapartida: “O seu voto ou o meu dinheiro de volta”.

A sociedade brasileira apenada é quem paga a conta para que todas as “Alices” do Brasil continuem a viver no país das maravilhas.


(Andréa Richa é Atriz, Jornalista e editora do Canal R&R Foco no Fato)

Análise de Hélio Bicudo sobre o Bolsa Familia



sexta-feira, março 23, 2012

Nossa democracia clama pelas camadas médias

Por Mara Kramer
MovimentoTodos peloBrasil

A cidadania, entendida como a consciência do compromisso de cada um de nós com relação a todos os aspectos que interferem na vida nacional, pode ser exercida de várias formas. Não obstante, um dos símbolos marcantes desta condição coletiva de interferir diretamente nos rumos de um país é a manifestação popular nas ruas. A manifestação popular, espontânea ou organizada por instituições da sociedade civil, é a imagem mais forte do povo unido que assume sua liderança na democracia, expressando diretamente em primeira pessoa, suas reivindicações, criticas e propostas. Assim como a eleição, a manifestação popular reforça a democracia e o papel do povo no centro do debate e das decisões políticas, simboliza a responsabilidade e a força de uma sociedade madura. É desnecessário dizer que esta prática participa do cotidiano de todas as sociedades europeias e dos milenares povos orientais.
No Brasil, entretanto, existe uma grande resistência da população em manifestar-se coletiva e publicamente. Sabemos que o governo petista cooptou as habituais instituições de protesto popular como a UNE e os sindicatos. Logicamente, esta circunstância dificulta a organização social, mas sabemos também que a pratica de manifestar-se não participa de nossa tradição política, e os motivos pelos quais mantemos esta postura anti-cidadã não estão claros. No presente artigo gostaria de refletir sobre este tema objetivando entender melhor nosso comportamento político enquanto povo, embora tenha consciência do quanto é delicado o assunto no qual me adentro. Esclareço que o conteúdo aqui apresentado é resultado de leituras e observações, mas não foi submetido aos parâmetros de um trabalho científico.
Nas sociedades onde predomina a cultura rural é comum uma divisão social dicotômica e antagônica. Por um lado os donos da terra, detentores do poder político, econômico e cultural; por outro uma maioria de trabalhadores rurais, dependentes econômica e politicamente dos primeiros. Estes necessitam tanto laborar nas terras do grande proprietário para sobreviver, assim como carecem de sua proteção e bendição. De forma bastante breve, esta é a realidade socioeconômica brasileira desde o descobrimento até bastante entrado o século XX, e em algumas regiões ainda permanece. Desde as Capitanias Hereditárias e seus donatários, passando pelo ciclo da cana de açúcar no litoral, até as fazendas de gado e café do Sul e Sudeste, observa-se a reprodução contínua deste modelo. A figura do latifundiário, paternalista e escravocrata estendeu-se por todo o país. Ao poder econômico originado no campo agrega-se o poder político. O período emblemático desta situação é a “política do café com leite” nos primeiros quarenta anos da República. No Brasil esta estrutura chegou a uma situação extrema, pois ao dono da terra se contrapõe a figura do escravo africano, seres humanos tratados exclusivamente como instrumento de trabalho. Os poucos trabalhadores livres, comerciantes, etc. dos primeiros séculos deveriam integrar-se ao sistema para sobreviver, o que significava submeter-se à elite latifundiária. Neste sentido, a dicotomia, o antagonismo e a hierarquia constituem a gênese da organização socioeconômica do Brasil.
Esta situação começa a alterar-se no final do século XIX com o crescimento das cidades, a incipiente industrialização no Sudeste, a Proclamação da República, a abolição da escravatura, e a chegada dos imigrantes europeus como trabalhadores assalariados. Todos estes aspectos estão relacionados com a idéia de modernização de raiz europeia, que preconiza a urbanização, a industrialização, a democracia, o liberalismo econômico como condições para alcançar o progresso, e como consequência o desenvolvimento de uma camada média da população. Assim, as classes médias são resultado do processo de modernização introduzido no país. Entretanto o desenvolvimento e organização deste setor não tem sido fácil devido a sua recente trajetória e a instabilidade econômica e política que acompanha a história da República. Nestas condições esta parcela da população segue insegura com relação ao seu caráter e posição sociopolítica. Como expressão desta postura vacilante observa-se a dificuldade da construção de parâmetros claros que lhe permitam obter uma identidade própria. Neste contexto nossas camadas médias se equilibram entre os dois polos, as camadas baixas e altas, tanto no sentido econômico, quanto no sentido de identidade cultural, a qual inclui a política.
É um clássico dizer que as camadas médias se espelham na elite, mas em nosso país esta máxima adquire ainda maior peso considerando a contundência histórica da dicotomia, antagonismo e hierarquia no campo social, sua fragilidade e a ausência de nitidez quanto ao seu papel político na sociedade. Estes aspectos demonstram a existência de uma dificuldade de definição conceitual das camadas médias no Brasil, o que as impede de assumir uma posição autônoma na dinâmica política. Tendo em vista este contexto, sua opção foi privilegiar um comportamento que a distancie das classes baixas e as aproxime das altas. 
Corrobora para esta conclusão de base histórica o discurso recorrente de integrantes das camadas médias brasileiras quando indagados de porque não participam de manifestações populares. As respostas costumam ter um teor semelhante a: “quem faz passeata é petista”(leia-se camadas baixas), “as pessoas bem postas não necessitam sair à rua para manifestar-se”, ou “se manifesta quem não tem o que comer”, “uma pessoa de bem não participa destas coisas”, e por aí vai. Estes comentários demonstram claramente a mentalidade elitista e hierárquica dos entrevistados, pois indicam que a manifestação popular é uma atividade para os necessitados, aqueles dos quais as camadas médias desejam afastar-se. A não identificação com as camadas baixas é uma luta constante das classes médias brasileiras, pois manter o status não é uma tarefa fácil em um país em constante turbulência econômica e política. Paralelamente, ao afastar-se de um extremo ela aproxima-se do outro extremo, as camadas altas. Logicamente, a cercania com a elite é interessante para as camadas médias, tanto por razões praticas (profissionais, sociais, etc.), quanto por razões simbólicas. Entretanto, ao avaliar a questão política a partir da imagem social e ganhos pessoais, as camadas médias abrem mão de sua capacidade qualitativa e quantitativa de intervir na movimentação política do país segundo seus interesses.  
Parte do problema reside na ausência de caráter das camadas médias no país, determinado pela peculiaridade de suas características, problemática, contexto, reivindicações, expectativas, filosofia, etc. Estas devem contribuir para o avanço do conjunto da população, mas contêm perspectivas e exigências próprias relativas ao seu modus de vida. Sua luta deveria ser neste sentido, mas não é, pois a identificação com as camadas altas retira-lhes o foco do combate em prol de suas necessidades, princípios, projetos e soluções para os seus problemas específicos. Seu espaço no cenário político fica vazio. As camadas médias passam a constituir uma força política em potencial, mas inerte, abafada por sua própria inconsciência. 
É bem verdade, que as camadas médias brasileiras encontraram nos últimos tempos um meio de expressão, a internet. Esta ferramenta tem sido amplamente utilizada por esta parcela da população para mostrar sua indignação e repúdio à política atual, sobretudo a partir das eleições de 2010, e verifica-se que tem obtido bons resultados. Logicamente, a movimentação política via internet é positiva e tem demonstrado nos quatro cantos do mundo sua eficiência, além de sua contemporaneidade. No Brasil, sob meu ponto de vista, evidencia um desejo de participação e interesse político inédito em grande escala. Entretanto, penso que fazer da internet o “espaço” exclusivo da luta política das camadas médias é um tema que merece maior atenção. É a internet suficiente como meio difusor do processo de construção de cidadania? É possível apenas através da internet alcançar a totalidade da população e inclui-la no processo de construção da cidadania? Nos demais países a intervenção da internet limita-se a difusão de idéias que visam a mobilização e o debate no mundo real, porque no Brasil este fenômeno não ocorre?
Penso que a reflexão sobre a ação “delimitada” das camadas médias no mundo político nacional, incluindo sua resistência a participar das manifestações populares, poderia estimular o debate sobre o tema e uma revisão de postura. As camadas médias crescem no país, e, portanto ganham força, qualidade que não deve ser desperdiçada, menos em um momento no qual o país passa por grave crise moral e política. Neste momento, este contingente da população é chamado a manifestar-se consistentemente na busca da revalorização dos princípios morais e éticos os quais sempre defendeu. É convocado a exigir compromisso e competência dos políticos na gestão pública e responsabilidade com os recursos públicos. A atuação ativa das camadas intermediárias no campo político é insubstituível e indispensável para o amadurecimento político de um país.


Mara Kramer é fundadora do MovimentoTodos peloBrasil .
Mara é arquiteta, gaucha e atualmente reside em Barcelona.  É colaboradora do BLOG "Telhado de Barro", que originou a criação do Canal R&R Foco no Fato. 

Exemplo de mobilização popular







quinta-feira, março 22, 2012

Dia de cão

Por Eliane Cantanhêde
O mundo está caindo na cabeça de Dilma, que tenta inaugurar "novos métodos e práticas políticas", como teria dito Lula ao novo líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB), sem dimensionar bem a capacidade de retaliação da base aliada balofa montada por Lula -e sem plano B. Ela acelerou e bateu de frente com a realidade.
Ontem ficou claro que há, sim, uma crise. A Lei da Copa não pôde ser votada, o Código Florestal não tem nem prazo, o governo não consegue emplacar um nome para a ANTT, origem de tudo. E foram feitos três convites/convocações delicadas.
O presidente da Comissão de Ética Pública, Sepúlveda Pertence, foi chamado para falar sobre o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento), que tem histórias mal contadas e é um dos maiores amigos de Dilma no governo. E a área econômica poderá ficar na berlinda, com Mantega (Fazenda) exposto a perguntas constrangedoras sobre PanAmericano, Casa da Moeda e "pibinho" de 2,7% em 2011, e Miriam Belchior (Planejamento) se enrolando para explicar falhas do PAC.
Dilma finge que não é com ela, acha que a crise é só espuma e que tudo se resolve com uma tacada de marketing ou "uma agenda positiva". Hoje, ela reúne 27 empresários e banqueiros pesos-pesados, como se nada estivesse acontecendo.
Pode ter surpresas: assim como o Congresso condena a falta de coordenação política e de diálogo, o PIB vai reclamar da falta de interlocução, do excesso de tributos e da precariedade da infraestrutura.
Os senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB dissidente) e Aécio Neves (PSDB) comentavam que a troca do líder Romero Jucá por Eduardo Braga foi um enorme ganho para o governo e para o Congresso, mas a desarticulação é tanta e o Planalto está tão fora do ar que as mudanças "não têm chance de dar certo". Ah! Eles são de oposição? Pois você nem imagina o que falam os governistas...

quinta-feira, março 15, 2012

O PREPOTENTE

Por Paloma Amado (Psicóloga, filha do escritor Jorge Amado)
Transcrito do Blog de Cláudia Wasilewski

Era 1998, estávamos em Paris, papai já bem doente, participara da Feira do Livro de Paris e recebera o doutoramento na Sorbonne, o que o deixou muito feliz.
De repente, uma imensa crise de saúde se abateu sobre ele, foram muitas noites sem dormir, só mamãe e eu com ele. Uma pequena melhora e fomos tomar o avião da Varig (que saudades) para Salvador.
Mamãe juntou tudo que mais gostavam no apartamento onde não mais voltaria e colocou em malas.
Empurrando a cadeira de rodas de papai, ela o levou para uma sala reservada. E eu, com dois carrinhos, somando mais de 10 malas, entrava na fila da primeira classe.
Em seguida chegou um casal que eu logo reconheci, era um politico do Sul (não lembro se na época era senador ou governador, já foi tantas vezes os dois que fica dificil lembrar).
A mulher parecia uma árvore de Natal, cheia de saltos, cordões de ouros e berloques (Calá, com sua graça, diria: o jegue da festa do Bonfim).
É claro que eu estava de jeans e tênis, absolutamente exausta. De repente, a senhora bate no meu ombro e diz: "Moça, esta fila é da primeira classe, a de turistas é aquela ao fundo."
Me armei de paciência e respondi: "Sim, senhora, eu sei."
Queria ter dito que eu pagara minha passagem enquanto a dela o povo pagara, mas não disse. Ficou por isso.
De repente, o senhor disse à mulher, bem alto para que eu escutasse: "Até parece que vai de mudança, como os retirantes nordestinos".
Eu só sorri. Terminei o check in e fui encontrar meus pais.
Pouco depois bateram à porta, era o casal querendo cumprimentar o escritor. Não mandei a putaquepariu, apesar de desejar fazê-lo. Educadamente disse não.
Hoje, quando vi na tv o Senador dizendo que foi agredido por um repórter, por isso tomou seu gravador, apagou seu chip, eteceteraetal, fiquei muito retada, me deu uma crise de mariasampaismo e resolvi contar este triste episódio pelo qual passei.
Só eu e o gerente da Varig fomos testemunhas deste episódio, meus pais nunca souberam de nada.




PS: O PREPOTENTE é o Senador Roberto Requião do Paraná.


E para relembrar mais uma do IMUNDO...
Assista o vídeo abaixo



quarta-feira, março 14, 2012

Pequeno Dicionário da Novilíngua Lulista

Canal R&R Foco no Fato

Por Augusto Nunes - Transcrito do Blog Veja online
Edição consolidada - 105 verbetes
A
aliança governista. Maior ajuntamento de partidos de aluguel do planeta.

aloprado. 1. Companheiro pilhado em flagrante durante a execução de bandalheiras concebidas para favorecer candidatos do PT ao governo de São Paulo. 2. Vigarista engajado em alguma campanha eleitoral de Aloízio Mercadante.
analfabetismo. 1. Deficiência que foi promovida a virtude no começo do século para apressar a chegada de um enviado da Divina Providência ao Palácio do Planalto. 2. Qualidade depreciada por reacionários preconceituosos, integrantes da elite golpista e louros de olhos azuis. 3. Marca de nascença da Primeira Mãe.
anistiado político. Companheiro que só divergiu do regime militar para investir na carreira de perseguido e garantir uma velhice confortável como pensionista do Bolsa Ditadura.
apagão. Blecaute ocorrido em lugares governados por adversários do PT. (Ver blecaute)
asilo político. Instrumento jurídico que beneficia todo terrorista condenado em outros países por crimes comuns ou atos de terrorismo.
B
base aliada.
1.Base alugada. 2. Bando formado por parlamentares de diferentes partidos que arrendam a fidelidade ao governo, por prazo determinado, em troca de ministérios com porteira fechada (cofres incluídos), verbas no Orçamento da União, nomeações para cargos público, dinheiro vivo e favores em geral. 3. Quadrilha composta por deputados e senadores.
blecaute. Apagão ocorrido em lugares governados pelo PT. (Ver apagão)
blogueiro progressista. 1. Jornalista que jamais conseguiu emprego ou fracassou nos principais órgãos de comunicação e hoje sobrevive na internet alugado ao governo. 2. Gente que vive de escrever mas seria reprovada na prova de português do ENEM mesmo que soubesse antecipadamente as questões escolhidas pelos organizadores. 3. Ex-jornalistas que enriquecem em campanhas difamatórias patrocinadas por corruptos.
Bolívar (Simón). Herói das guerras de libertação da América do Sul que reencarnou no fim do século passado com o nome de Hugo Chávez.
bolivariano. Comunista que finge que não é comunista.
Bolsa Família. Maior programa de compra oficial de votos do mundo.
BNDES. Banco que usa dinheiro dos pagadores de impostos para financiar obras encomendadas pelo governo a empresas privadas que têm patrimônio suficiente para distribuir mesadas de bom tamanho a todos os pagadores de impostos.
C
camarada de armas.
Companheiro diplomado em cursinho de guerrilha que só disparou tiros de festim; guerrilheiro que ainda não descobriu onde fica o gatilho do fuzil. (Ex.: Dilma Rousseff e José Dirceu são camaradas de armas.)
cargo de confiança. 1. Empregão reservado a companheiros do PT ou parceiros da base alugada, que nem precisam perder tempo com concurso para ganhar um tremendo salário sem trabalhar. 2. Boquinha (pop.).
cartão corporativo. Objeto retangular de plástico que permite tungar o dinheiro dos pagadores de impostos sem dar satisfação a ninguém e sem risco de cadeia.
Casa Civil. 1. Conjunto de salas no 4° andar do Palácio do Planalto que, entre 2003 e 2011, foi controlado por casos de polícia que entram sem bater no gabinete presidencial. 2. Esconderijo; tugúrio; catacumba. 3. Sede de quadrilhas formadas por amigos ou parentes do ministro-chefe. 4. Antigo nome da atual Casa Covil, rebatizada em homenagem aos ex-inquilinos José Dirceu, Dilma Russeff, Erenice Guerra e Antonio Palocci.
Comissão da Verdade. 1. Grupo de companheiros escalados para descobrir qualquer coisa que ajude a afastar a suspeita, disseminada por Millôr Fernandes, de que a turma da luta armada não fez uma opção política, mas um investimento. 2. Entidade concebida para apurar crimes cometidos pelos outros.
companheiro. Qualquer ser vivo ou morto que ajude Lula a ganhar a eleição.
concessão. Entrega ao controle da iniciativa privada de empresas, atividades ou setores administrados até então por governos do PT. (Ver privatização)
conselho de ética. Grupo formado por pessoas que não acham antiético roubar o cofrinho de moedas da filha, tungar a aposentadoria da avó ou vender a mãe.
consultor. 1. Companheiro traficante de influência. (Ex: Antonio Palocci é consultor). 2. Companheiro que facilita negócios escusos envolvendo o governo e capitalistas selvagens. (Ex: José Dirceu é consultor). 3. Companheiro que, enquanto espera um cargo no governo federal, recebe mesadas e indenizações de empresas que favoreceu no emprego antigo ou vai favorecer no emprego novo. (Ex: Fernando Pimentel é consultor)
contrato sem licitação. Assalto aos cofres públicos sem risco de cadeia.
controle social da mídia. Censura exercida por videntes treinados pelo PT para adivinhar o que o povo quer ver, ler ou ouvir. (Ver democratização da mídia)
convênio. Negociata feita em parceria por um ministério ou estatal e uma ONG de araque ou empresas controladas pelo ministro ou por amigos e parentes do ministro.
Copa do Mundo. Negócio da China.
corrupção. 1. Forma de ladroagem praticada por adversários do governo. 2. Forma de coleta de dinheiro que, praticada por companheiros, deve ser tratada como um meio justificado pelos fins. 3. Hobby preferido dos parceiros da base alugada.
crime comum. Assassinato de um prefeito do PT por motivos político-financeiros, associados a divergências entre integrantes de um esquema de arrecadação de dinheiro sujo. (Ex.: A morte de Celso Daniel foi um crime comum)
Cuba. 1. Ditadura que só obriga o povo a ser feliz de qualquer jeito. 2. Forma de democracia que prende apenas quem discorda do governo.
cueca. Cofre de uso pessoal utilizado no transporte de moeda estrangeira adquirida criminosamente.
D
democratização da mídia.
1. Erradicação da imprensa independente. 2. Entrega do controle dos meios de comunicação a jornalistas companheiros, estatizados ou arrendados. (Ver controle social da mídia)
direita. Categoria em que devem ser enquadrados todos os partidos e indivíduos que não obedecem às ordens de Lula. (Exs: O PSOL é de direita; Hélio Bicudo é de direita)
ditador. Tirano a serviço do imperialismo estadunidense. (Ver líder)
ditadura do proletariado. Forma de democracia tão avançada que dispensa o povo de votar ou dar palpites porque os companheiros dirigentes sabem tudo o que o povo quer.
doutor honoris causa. Diploma conferido a ex-presidentes que nunca leram um livro, não sabem escrever e acham que “honoris” é um Honório com erro de revisão.
E
elite golpista.
Balaio socioeconômico que junta todos os bilionários, os ricos, os integrantes da classe média velha ou nova, os pobres e os miseráveis que não votam no PT.
erro. 1. Crime cometido por companheiros. 2. Caso comprovado de corrupção envolvendo ministros ou altos funcionários do segundo escalão ou de empresas estatais.
espetacularização do nada. Expressão decorada pela Primeira Companheira para ensinar que o que parece um tremendo escândalo é só uma distorção visual decorrente de um tipo de miopia causado por efeitos especiais produzidos pela imprensa.
esquerda. 1. Categoria que abrange todos os que apoiam Lula. 2. Conglomerado que junta em torno do mesmo chefe militantes do PT, antigos servidores da ditadura militar, coronéis de grotão, senhores feudais, capitalistas selvagens, socialistas que só pensam em dinheiro e órfãos do Muro de Berlim. (Exs: José Dirceu é de esquerda; José Sarney é de esquerda)
F
factoide.
Fato relevante que, para não deixar o PT ainda pior no retrato, deve ser exibido em tamanho 3 por 4 e em matizes de rosa.
faxina ética. 1. Limpeza simulada para aumentar a sujeira. 2. Truque concebido para convencer o eleitorado de que Dilma Rousseff não conheceu nem de vista gatunos com os quais conviveu durante oito anos. 3. Serviço executado por faxineiras que não conseguem viver sem lixo por perto.
faxineira. Fantasia usada por Dilma Rousseff para fingir que varreu o lixo empurrado para baixo do tapete ou guardado no bolso do avental.
Fernando Henrique Cardoso. 1. Ex-presidente que, embora tivesse ampla maioria no Congresso, fez questão de aprovar a emenda da reeleição com a compra de três votos no Acre só para provocar o PT. 2. Governante que, depois de oito anos no poder, só conseguiu inaugurar a herança maldita.
FHC. 1. Grande Satã; demônio; capeta; anticristo;. satanás; diabo. 2. Assombração que vive aceitando debater com Lula só para impedir que o maior governante de todos os tempos se dedique a ganhar o Nobel da Paz. 3. Sigla que, colocada nas imediações do SuperLula, provoca no herói brasileiro efeitos semelhantes aos observados no Super-Homem perto da kriptonita verde.
financiamento de campanha. Expressão usada por integrantes da quadrilha chefiada por José Dirceu e por testemunhas de defesa em depoimentos na polícia ou na Justiça sobre o escândalo do mensalão.
Foro de São Paulo. 1. Feira internacional que agrupa remanescentes de espécies ideológicas extintas na Europa e em expansão na América Latina. 2. Quermesse destinada a arrecadar fundos para a Irmandade dos Órfãos do Muro de Berlim.
G
governabilidade.
1. Graça concedida a governantes que são justos na divisão dos lucros. 2. Palavrão que justifica todas as barganhas bandidas entre o Planalto e a base alugada.
greve: 1. Forma de luta a serviço dos oprimidos (quando a paralisação prejudica governos contrários ao PT). 2. Forma de chantagem a serviço dos opressores do povo (quando a paralisação prejudica governos controlados pelo PT)
grupo insurgente. Organização terrorista que se opõe ao imperialismo ianque. (Ex: As Farc são um grupo insurgente)
H
herança maldita.
Conjunto de mudanças ocorridas durante o governo FHC que incluem o Plano Real, a estabilização da moeda, a privatização de estatais em frangalhos, a modernização da telefonia, a Lei de Responsabilidade Fiscal, a consolidação da democracia e a fixação das diretrizes da política econômica que Lula manteve.
I
imprensa popular
: 1. Ajuntamento de meios de comunicação patrocinados por estatais ou empresas beneficiadas por obras públicas, que publicam textos escritos por quem presta vassalagem ao governo e ao PT por vassalagem, idiotia ou dinheiro.
inclusão social. Transferência de pobres para a classe-média sem aumento salarial.
inundação. Desastre natural provocado por chuvas fortes que, embora se repitam em todos os verões desde o século passado, continuam surpreendendo o governo.
IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). 1. Fábrica de brasileiros da nova classe média. 2. Clube de alquimistas especializados na transformação de pobre em ex-pobre sem aumento de salário.
J
justiça social
. Expressão que, repetida cinco vezes por dia durante dois anos, induz um catador de lixo a acreditar que a única diferença que o separa de um banqueiro é que um deles dá gorjeta e o outro recebe.
L
líder.
Ditador inimigo do imperialismo estadunidense. (Ver ditador)
livro didático do MEC. Inovação educacional que ensina a recitar sem constrangimentos frases como “nós pega os peixe” ou jurar sem hesitação que 10 menos 7 é igual a 4.
M
malfeito.
Crime praticado por bandidos de estimação do governo federal ou do PT.
maracutaia. 1. Expressão popularizada por Lula no século passado na discurseira que denunciava o que todos os outros partidos faziam. 2. Expressão abolida por Lula desde que o PT passou a fazer mais e melhor que todos os outros partidos.
marco regulatório. 1. Conjunto de normas, leis e diretrizes que, se não fossem atropeladas pelo governo de meia em meia hora, garantiriam o bom funcionamento de setores nos quais agentes privados prestam serviços de utilidade pública. 2. Balaio de leis que não pegaram.
Mensalão. Maior escândalo que não existiu entre todos os outros ocorridos no Brasil desde o Descobrimento.
mercadante. Gente que revoga até o que considera irrevogável.
meu querido/minha querida. Expressões usadas por Dilma Rousseff quando está conversando em público com jornalistas ou ministros e não pode soltar o palavrão entalado na garganta.
mídia golpista: Imprensa independente.
militância. Rebanho formado por ovelhas tão obedientes que, se o Grande Pastor ordenar, tentará atravessar o despenhadeiro sem ponte.
ministério. 1. Equipe formada por 38 nulidades sob o comando de um neurônio solitários. 2. Prova definitiva de que o Brasil aprendeu a funcionar sem governo.
moralismo udenista. Doença que induz o portador a acreditar que todos são iguais perante a lei, que corrupção é crime e que lugar de ladrão é na cadeia.
MST. 1. Entidade financiada pelo governo para fazer a reforma agrária e levar à falência a agricultura. 2. Movimento formado por lavradores que não têm terra e, por isso mesmo, não sabem plantar nem colher.
N
né?.
Corruptela de “não é?” usada pela Primeira Companheira para permitir que o neurônio solitário repouse alguns segundos depois de uma frase sem pé nem cabeça e antes de outra que não tem começo, meio ou fim.
neoliberalismo. Doutrina pessoalmente concebida pelo demônio para disfarçar de novidade o capitalismo selvagem do século 19.
no que se refere. Expressão usada pela Primeira Companheira para avisar que lá vem besteira.
nuncaantesnestepaís. 1. Expressão decorada pelo Primeiro Companheiro para ensinar ao rebanho que o Brasil começou em 1° de janeiro de 2003 e que foi ele quem fez tudo, menos Fernando Henrique Cardoso.
O
Olimpíada de 2016.
1. Versão em escala cósmica dos Jogos Pan-Americanos mais bandalhos da história. 2. Competição esportiva que começa com a conquista da medalha de ouro pela equipe que representa o Brasil na modalidade assaltos orçamentais. 3. Negociata do século.
ONG. Organização não-governamental sustentada por negociatas governamentais.
ou seja. Expressão usada pelo Primeiro Companheiro para avisar que, como também não entendeu o que acabou de dizer, vai recitar o mesmo mistério com outras palavras.
Orçamento. 1. Montanha de reais extorquidos dos pagadores de impostos que financia a gastança em Brasília. 2. Bolo de dinheiro dividida em fatias desiguais que o governo reparte entre os partidos da base alugada para garantir a governabilidade. (Ver governabilidade)
P
PAC
. Maior concentração de canteiros de obras abandonados do planeta.
palestrante. Disfarce adotado por Lula para ganhar 200 mil dólares de empresários amigos para dizer, em 50 minutos, o que passou oito anos dizendo de graça a cada meia hora.
PIG. Partido da Imprensa Golpista, segundo os blogueiros estatizados agrupados no Partido da Imprensa Governista (PIG).
passaporte diplomático. Documento usado por filhos, netos e agregados do ex-presidente Lula para furar a fila da alfândega e entrar em outros países sem mostrar o que levam na bagagem.
pedra fundamental. Obra do PAC que não será construída mas já foi inaugurada.
PT: Seita que tem uma estrela vermelha como símbolo e Lula como único deus.
petista: 1. Devoto de Lula. 2. Indivíduo convencido de que foi Lula quem criou o Brasil.
Petrobrás. 1.Estatal fundada para cuidar dos interesses do Brasil na OPEP depois da Descoberta do Petróleo, uma das mais notáveis façanhas de Lula. 2. Empresa que, quanto mais produz, mais dinheiro perde. 3. Buraco negro.
política externa independente. 1. Conjunto de diretrizes concebidas para garantir que o Brasil esteja sempre contra os Estados Unidos e a favor do Irã, de Cuba, da Coreia do Norte e da Venezuela. 2. Escola diplomática onde se aprende a, diante de uma encruzilhada, escolher invariavelmente o caminho errado.
Predo II. Dom Pedro II segundo Lula. (Ver Transposição do São Francisco)
pré-sal. Presente que Lula ganhou de Deus por ter dispensado o Pai de continuar cuidando do Brasil.
presidenta. Forma de tratamento usada por candidatos a Sabujo do Ano ou companheiros com medo daquele pito que fez José Sérgio Gabrielli cair na choradeira.
presunção de inocência. Figura jurídica usada no Brasil Maravilha para ensinar que todo lulista culpado é inocente.
privatização. Entrega ao controle da iniciativa privada de empresas, atividades ou setores administrados até então por governos inimigos do PT. (Ver concessão)
R
recursos não-contabilizados.
1. Caixa dois. 2. Dinheiro extorquido sem recibo de donos de empresas que enriquecem com a ajuda do governo, empreiteiros de obras públicas ou publicitários presenteados com contratos sem licitação.
reforma ministerial. 1. Substituição de ministros pilhados em flagrante pela imprensa independente. 2. Substituição de ministros obrigados a deixar o cargo para disputar a próxima eleição. 3. Troca de seis por meia dúzia.
Regime Diferenciado de Contratação (RDC). Malandragem que dispensa de licitações e limitação de gastos todos os contratos envolvendo obras ou serviços supostamente vinculados à Copa da Roubalheira e à Olimpíada da Ladroagem.
revisão de contrato. Reajuste de sobrepreços e propinas.
S
segundo escalão:
Cabide de empregos que o governo usa para estimular, saciar ou diminuir a fome e a sede do PMDB.
sindicalista. Companheiro que abandonou o emprego regular no século passado para exercer o lucrativo ofício de pelego.
sindicância interna. Investigação feita por companheiros especializados em absolver por falta de provas.
Sírio-Libanês. Hospital a que recorrem Altos Companheiros com problemas de saúde para que o SUS, que está perto da perfeição, tenha mais vagas para os miseráveis, os pobres e a nova classe média inventada pelo IPEA. (Ver SUS)
SUS. Filial em tamanho gigante do Sírio-Libanês reservada a quem não tem dinheiro para internar-se na matriz. (Ver Sírio-Libanês)
T
taxa de sucesso.
Propina embolsada por filhos, parentes e agregados de Erenice Guerra que usavam a influência da chefe da quadrilha e da Casa Covil para permitir que algum empresário malandro continuasse a fechar contratos com o governo sem ter cumprido o combinado em contratos anteriores. (Ex: Israel Guerra subiu na vida não porque é gatuno, mas por colecionar taxas de sucesso)
Transposição do São Francisco. Tapeação multibilionária inventada pelo ex-presidente Lula para ser promovido a Dom Pedro III. (Ver Predo II)
trem-bala. Trem fantasma que partiu da cabeça de Lula e estacionou na cabeça de Dilma Rousseff, onde vai atravessar o século em companhia do neurônio solitário.
U
União Nacional dos Estudantes (UNE).
1. Entidade que representou os universitários brasileiros até ser estatizada em 2003 e transformar-se na União Nacional dos Estudantes Amestrados (UNEA), premiada pela vassalagem ao governo com uma sede nova projetada por Oscar Niemeyer. 2. Balcão de compra e venda de carteirinhas que garantem meia-entrada. 3. Curso de doutorado em maracutaias reservado a futuros ministros do Esporte. 4. Clube recreativo dirigido por estudantes que demoram 15 anos para concluir um curso que dura cinco. (Ver UNEA)
V
veja bem.
Expressão usada pelo Primeiro Companheiro para avisar que vai descrever uma paisagem do Brasil Maravilha que só ele enxerga.