quarta-feira, junho 01, 2011

Diamante, zircônia ou carvão

Por Nélio Roças

O Deputado Federal Anthony Garotinho (PR/RJ), partido da base aliada do governo, aparece em cena com mais uma de suas bravatas. Usando o argumento de que ‘chegou a hora’ o deputado evangélico começa a usar a já manjada pratica do troca-troca político. Nada que surpreendesse, senão pelo fato de estar usando tal prática em momento tão delicado como o que se avizinha. O nobre servo do senhor chegou ao mais alto grau de cara de pau ao fazer a declaração de que o ministro chefe da casa civil Antônio Palocci é um DIAMANTE de 20 milhões e que era hora de se usar o fato de o ministro estar causando tantos problemas ao governo PeTralha de Dilma Rousseff para fazer valer à vontade de alguns deputados comprometidos em PALANQUE, e levar à votação na casa a chamada PEC 300 que cria o piso nacional para policiais civis e militares. Nada anormal na pressão, não fosse o fato de o nobre deputado usar como moeda de troca seu voto pela convocação do ministro para prestar esclarecimentos à nação quanto a seu súbito enriquecimento.

Tal comportamento não surpreende os eleitores do Rio de Janeiro, já acostumados às práticas clientelistas e corporativistas do deputado Garotinho. Porém essa postura diante de fato tão importante, sério e diria até decisório em relação aos destinos do Brasil daqui por diante, é vergonhosa e indecente. O deputado Garotinho precisa desprender-se de seu pseudônimo e passar a agir como homem, e homem sério. O que o povo brasileiro exige nesse momento, é que o senhor Palocci preste conta de sua posição financeira e de seu suposto enriquecimento, e não que PEC alguma seja posta como prioritária ou como regime de urgência tendo esse anseio popular usado como moeda de troca. O deputado Garotinho nesse momento e com tal prática não contribui em nada para o engrandecimento dos profissionais comtemplados com a eventual votação e aprovação do projeto em questão. Pelo contrário, a atitude do deputado Garotinho pode vir a ser um tiro no pé desses profissionais, que muito jus fazem a tal contemplação. O deputado Garotinho nesse momento não fala em nome de policiais, sejam militares ou civis, e sim em nome de sua natureza ‘ESPERTA’ E ‘TRAÍRA’. ‘Nunca na história desse país’ um deputado de base do governo usou de chantagens para derrotar seu próprio aliado. Nada ético é o mínimo que se pode classificar a manobra do deputado.
Resta então um alerta: CUIDADO deputado Garotinho, o DIAMANTE DE 20 MILHÕES começa a se transformar em zircônia Cúbica, e pelo andar da carruagem em breve não passara de um pedaço de carvão, que será usado para assar não só o minístro milionário, como aqueles que o cercam, inclusive com chantagens indecentes.

5 comentários:

  1. Escrevi agora há pouco um texto sobre a subversão dos valores morais e éticos. A inversão natural PeTralha de toda a ordem de coisas. Barganhas políticas são manobras nojentas, de apelo baixo, rasteiro; mas utilizar os esforços de uma classe que pleiteia um reajuste merecido para obter vantagens é o "extrapolar" toda a sorte de baixarias... Hora de gritar: Chegaaaa!!
    Parabéns, Nélio. Mais um texto claro, lúcido e muito bem escrito.

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  2. Negociação faz parte do jogo político. Já negociata, não deveria, mas faz, aqui nesta terra de Tupinicópolis.

    E gentchy, o custo do PMDB é sempre mais alto...

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  3. Essa é realmente uma proposta indecente...

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  4. está um horror não é Nelio? quanta coisa nojenta...impune...o que estão fazendo com o Brasil???

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  5. Bom!

    Não é só o garotinho! o fogo amigo está pegando! Que se matem e que se morram!

    beijocas

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