terça-feira, fevereiro 24, 2015

Abaixo a monotonia

Por Juliana Abrahāo Bernardon Arosi

Sou uma pessoa que abomina tradições por tradições. 
Mas nessa passagem de 2014 para 2015 resolvi fazer uma resolução de início de ano, qual seja, livrar-me de gente sem graça, invejosa, traiçoeira, recalcada, fraca, negativa, molenga; de amizades por conveniência ou mero interesse, de gente ‘ocupada’ demais para se dedicar a quem diz ser tão importante e que simplesmente não merece saber sobre mim (nem minhas vitórias, nem minhas derrotas). Alguns mandei à merda diretamente mesmo. Outros simplesmente passei a ignorar. 

Pois bem, foi muito sábio e saudável eu diria, uma vez que quase de pronto esses pesos-mortos deram espaço à gente super interessante e coisas maravilhosas passaram a se suceder. E foi nesse cenário de renovação pessoal que me deparei com os textos da Silvia Pilz.

Os textos da Silvia não são para qualquer pessoa. Não recomendo para criaturas chatas, de mente mofada, presas à mesmice, ao politicamente correto e às breguices do povo. Tão pouco para quem não tem humor, não consegue rir de si mesmo, analfabeto funcional, e que morre de medo de questionar sua vida mediana e dar-se conta de que está, na verdade, mais desperdiçando sua existência (e daqueles ao seu entorno) do que aproveitando e contribuindo com algo realmente relevante. As inteligentes produções desta jornalista não são para covardes, mas para quem deseja ampliar seus horizontes e deixar o cotidiano mais interessante. 

A maioria, como eu já disse por aí, não lê mais do que os famigerados 140 caracteres, entende tudo pela metade, mas opina com a veemência de um leitor voraz e julga com um rigor que daria inveja à Inquisição. Patético. 

Em termos de comportamento e condições humanas, acredito que absolutamente tudo possa e deva ser questionado. Sem exceção. Nada deve estar a salvo, porque somente assim se evolui o pensamento. 

Silvia, obrigada por contribuir para um mundo menos monótono. Obrigada por ser uma voz corajosa que expressa o que tantos e tantas gostariam de dizer, porém, por inúmeras razões, sufocam e negam tais anseios até a morte. Obrigada por seu retorno triunfal.

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