segunda-feira, agosto 29, 2011

Freire: O Brasil tocado em tom menor

Por: Roberto Freire no Brasil Econômico
Transcrito Portal Nacional do PPS

Lançado como importante instrumento de competitividade de nossa indústria, o programa "Brasil Maior", urdido pelo Ministério da Fazenda, sob a regência de Guido Mantega e apresentado como a política industrial do governo Dilma - mas buscando, basicamente, produzir uma agenda positiva em um governo subordinado, cotidianamente, à agenda da corrupção - começa a fazer água e a despertar a desconfiança de setores que seriam beneficiados com o plano.
Descobriram os empresários dos setores calçadista, moveleiro e têxtil que poderiam arcar com uma carga tributária maior pelo fato de a proclamada desoneração da folha ser acompanhada da elevação do imposto sobre o faturamento bruto dessas empresas.
Simplesmente porque a fórmula mágica que foi apresentada, segundo estudos das assessorias econômicas de tais setores, não representa desoneração real, como alardeado pela própria presidente Dilma Rousseff. Ao contrário, em alguns casos, haverá até mesmo o pagamento de mais impostos.
Este é o resultado de uma política industrial feita no afogadilho, que não tem por finalidade resolver os reais problemas da indústria: falta de infraestrutura física e humana, alta carga tributária, juros escorchantes, taxa de câmbio que ajuda os importadores, etc. São causas profundas de nossa perda de competitividade internacional.
Em vez de se preocupar com isso, o governo quer é produzir boas notícias, buscando reproduzir a estratégia midiática de seu antecessor. Fiel a seu mestre, a presidente Dilma prefere o faz-de-conta da publicidade ao enfrentamento das verdadeiras causas dessa situação.

Um dos motivos apontados pelos representantes desses setores que tornam inócuas as medidas do governo é que as indústrias escolhidas para fazer parte do projeto-piloto de desoneração da folha de pagamento são as que mais enfrentam concorrência de importados, barateados pelo generoso câmbio que tem apreciado nossa moeda, esse sim um problema real.
Além isso, dois preocupantes fenômenos ocorrem sem chamar a devida atenção do governo: nossa crescente dependência do mercado chinês, tornando-nos meros exportadores de matérias primas e de commodities, e os sinais vindos da indústria nacional, que deverá puxar para baixo o crescimento da economia nacional neste ano, por conta da política cambial do governo e da retração do consumo, fruto do cenário de incertezas que ronda a economia mundial nesse recrudescimento da crise de 2008.

Isso sem falar dos investimentos, que não estão se expandindo na velocidade e taxas projetadas, ao ponto de empresas de consultoria, como a Tendências, por exemplo, trabalhar com uma retração de 0,9% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Assim, já foi revisto o crescimento do PIB do segundo trimestre de 1,1% para 0,7%, o que impactará negativamente o crescimento anual da nossa economia.
Enquanto a propaganda oficial trombeteia, em todos os tipos de mídia, os benefícios do Programa Brasil Maior, carro-chefe de uma pretendida política industrial do governo, a realidade é a crescente e silenciosa dependência da China e o contínuo processo de estagnação e declínio de nossa indústria.
Ao contrário do ufanismo do governo, o que vemos é um país sendo tocado em tom menor, com a incompetência gerencial tão marcante no lulodilmismo.
Roberto Freire é presidente do Partido Popular Socialista (PPS)
                         

                       Roberto Freire: Congresso  X  Planalto 

Todos juntos contra a corrupção
Local: Cinelândia.
Horário: terça, 20 de setembro de 2011 18:30

                                                         

quinta-feira, agosto 25, 2011

O que sei de Lula

                                                                                 
Em entrevista exclusiva aos colunistas migalheiros José Marcio Mendonça e Francisco Petros, o jornalista e poeta José Nêumanne Pinto comenta o lançamento de sua obra "O que sei de Lula".


Todos juntos contra a corrupção
Local: Cinelândia.
Horário: terça, 20 de setembro de 2011 18:30

terça-feira, agosto 23, 2011

O decrépito e sua ousadia

Por Nélio Roças
Imoralidade, desrespeito, abuso, cinismo. Esses são alguns dos muitos sinônimos que podemos relacionar a atitude do VELHACO presidente do senado José Sarney. Esse elemento decrepito, apoiou e avalizou um recurso impetrado no superior tribunal de Recursos da Primeira Região, que devolve os nababescos salários aos funcionários de Senado Federal. Salários que beiram os trinta mil reais. Você não esta lendo errado, eu disse trinta mil reais. É de um cinismo atroz, de uma crueldade e covardia que chegam a assustar. 
 Desde 1998 ficou determinado por lei que nenhum servidor de nenhum dos poderes constituídos do país poderia ter salário superior ao teto de 26.723,13, relativo aos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal.  Entretanto, o Senado Federal recorreu dessa determinação, e com o aval de seu presidente (José Velhaco Sarney) e com a decisão irresponsável do Tribunal Regional Federal da primeira região, que usando como argumento de que tal aumento era fundamental para a manutenção dos trabalhos naquela casa, restituiu os absurdos salarios aos funcionários do senado.
Essa atitude tomada em conluio pelos dois poderes envolvidos é uma ofensa ao povo brasileiro, beira ao deboche, e deixa mais exposta ainda a situação de desmando que nosso país mergulhou. É inadmissível que o presidente da casa que deveria dentre outras coisas zelar pelo encaminhamento de pautas de interesse do povo disponha-se a usar de sua influencia junto ao já também contaminado judiciário, para cuidar dos interesses de seus afilhados e dos afilhados de seus comparsas de ilicitudes. Sim, a maioria dos funcionários do Senado Federal e da Câmara de Deputados é composta por apadrinhados políticos, que em grande parte de seu corpo, sequer cumpre suas obrigações funcionais no que tange a comparecimento e horário de trabalho. Nem falemos de produção, pois seria exigir demais desses elementos sem qualquer compromisso com o povo, que diretamente é responsável pela geração de recursos para a manutenção da bagunça que se tornou o legislativo no Brasil.
Além de tudo isso, o mais assustador é que essa atitude do presidente do senado vem exatamente em um momento em que o povo começa a arregaçar as mangas e de forma uníssona clama por moralidade e respeito à coisa pública. Nesse exato momento o povo brasileiro se organiza para levar as ruas todo o clamor por justiça e pela instauração de um estado limpo e livre de corrupções. Tal atitude mais parece uma grande provocação, e recebera do povo a resposta implacável e dura. Não iremos assistir calados mais essa atitude nefasta e imoral.
Quanto ao senhor José Sarney, não muito mais a acrescentar além do que já é uma avaliação de domínio público: Trata-se de corpo em estado de putrefação moral, pessoa inescrupulosa, elemento danoso e com passagem das mais vergonhosas pela história política desse país.
Mas fica a esse senhor o alerta: Cuidado senhor dono do Maranhão, o povo acordou, esta nas ruas e inexoravelmente cobrara do senhor e de seus pares pelos danos que os senhores têm causado a nosso querido país.    
                                                              Todos juntos contra a corrupção
                                                                         Local: Cinelândia.
                                                 Horário: terça, 20 de setembro de 2011 18:30

segunda-feira, agosto 22, 2011

Chegou a hora do Rio acordar!

Por José Paulo Grasso
Engenheiro e Coordenador do Acorda Rio
A mídia do RJ apresenta para você, cidadão, um mundo imaginário onde tudo funciona. Metrô, escolas, hospitais, o trânsito, os serviços públicos e privados, a revitalização do porto, tudo é uma maravilha. Obras faraônicas são feitas à socapa, com o pretexto de sediarmos a Copa e a Olimpíada. Gastos absurdos em publicidade para sustentar esta fantasia. Afinal, qual é a sua realidade: a virtual ou este caos que é o Rio?
Conversando com os mais diversos grupos, apurei que eles achavam que estávamos melhorando. Quando instigados a explicarem o porquê desta afirmação, ninguém consegue apontar um setor ou algo que efetivamente justifique este otimismo. Até na segurança pública, com seus números maquiados, reina total incerteza porque a economia obviamente não está sendo revitalizada e até mesmo o secretário de segurança já afirmou que somente a presença de um policial armado não é suficiente para reverter o grande problema social criado por mais de meio século de incúria administrativa que levou a economia do Rio ao fundo do poço, acabando com a nossa qualidade de vida.
Esta má administração se perpetua, como todos nós podemos observar, nos recentes e diversificados escândalos que parecem não ter fim, o que deixa a sociedade estarrecida e paralisada. Grupos insatisfeitos surgem a cada dia com as mais variadas propostas dentro das diversas correntes existentes, o que só contribui para que não haja uma mobilização geral que organize um movimento contra este assalto aos cofres públicos. O que exatamente Estado e Município querem para se perpetuarem. E aí, vamos reagir ou continuar permitindo isto?
Ao invés de pequenos grupos distintos, devemos nos unir contra o inimigo comum que é este desgoverno que investe uma fortuna, descaradamente, para silenciar a mídia difundindo uma tremenda propaganda enganosa, ao invés de apresentar um projeto crível que nos leve a enxergar um futuro com qualidade de vida. Nem a máquina de propaganda da Alemanha nazista enganou tanto uma sociedade como aqui. Após os mais diversos escândalos o Governador elevou de R$ 55,7 para R$ 120,7 milhões a autorização para gastos com Comunicação e Divulgação, comprando o silêncio da mídia e garantindo a divulgação de uma realidade midiática virtual, que já vinha sendo sustentada em parceria com a prefeitura, que, por sua vez, aumentou sua verba publicitária em 9 000%.
A oportunidade é única e não pode ser desperdiçada. Temos pela frente uma Copa, Olimpíadas e a revitalização da área portuária. É importante lembrar que outros lugares, que tinham problemas iguais ou piores do que os nossos, conseguiram se reinventar e hoje são modelares. Não podemos desperdiçar isso como foi no Panamericano. Uma sociedade unida tem o poder de exigir um pacto de desenvolvimento socioeconômico, cultural e ambiental ao apresentar um projeto de curto, médio e longo prazos crível, com uma ancora óbvia, o turismo, nossa vocação natural considerada de forma unânime como a maior do mundo. Assim expandiremos a economia e todos se sentirão inseridos numa realidade ética, transparente e com elevados índices de qualidade de vida.
A atividade é considerada a maior indústria do mundo exatamente por desenvolver todos os mais diversos setores da sociedade simultaneamente, apresentando resultados no curtíssimo prazo. Ela permitirá promovermos aumento da renda per capita e a criação de, inicialmente, pelo menos dois milhões de novos empregos. Planejaremos juntos de forma ativa um plano diretor apoiado em metas plausíveis induzindo um desenvolvimento socioeconômico autossustentável, que apontará onde serão locadas as indústrias que serão atraídas, como se dará o crescimento sustentado da construção civil, como a cidade se preparará para receber mais de 25 milhões de visitantes anuais, como se dará a renovação de toda a infraestrutura de mobilidade urbana através de um aumento de arrecadação comprovado da atividade turística e, principalmente, como desenvolveremos e manteremos uma qualidade de vida única e autossustentável, recuperando os serviços públicos e privados.
Com isso, atrairemos todo o setor internacional de serviços, desenvolveremos nossa indústria criativa de forma excepcional e proporcionaremos uma participação ativa e democrática de toda a sociedade para que nossas belezas naturais e qualidade de vida se eternizem, incluindo toda a população, inclusive a mais desfavorecida.
Se você ler, entender e compartilhar, nós poderemos superar esta barreira midiática que impede que possamos nos unir por um futuro ético, transparente e pleno de qualidade de vida. Venha fazer parte ativa do movimento Acorda Rio www.acordario.com. Seja um membro, recomende aos amigos. Vamos fazer o nosso futuro com ética e qualidade de vida, porque unidos, nós podemos tudo!



Local: Cinelândia.

Horário: terça, 20 de setembro de 2011 18:30



quarta-feira, agosto 17, 2011

O PREPOTENTE

 

Por Paloma Amado, psicóloga, filha do escritor Jorge Amado; transcrito do Blog de Cláudia Wasilewski

Era 1998, estávamos em Paris, papai já bem doente, participara da Feira do Livro de Paris e recebera o doutoramento na Sorbonne, o que o deixou muito feliz.
De repente, uma imensa crise de saúde se abateu sobre ele, foram muitas noites sem dormir, só mamãe e eu com ele. Uma pequena melhora e fomos tomar o avião da Varig (que saudades) para Salvador.
Mamãe juntou tudo que mais gostavam no apartamento onde não mais voltaria e colocou em malas.
Empurrando a cadeira de rodas de papai, ela o levou para uma sala reservada. E eu, com dois carrinhos, somando mais de 10 malas, entrava na fila da primeira classe.
Em seguida chegou um casal que eu logo reconheci, era um politico do Sul (não lembro se na época era senador ou governador, já foi tantas vezes os dois que fica dificil lembrar).
A mulher parecia uma árvore de Natal, cheia de saltos, cordões de ouros e berloques (Calá, com sua graça, diria: o jegue da festa do Bonfim).
É claro que eu estava de jeans e tênis, absolutamente exausta. De repente, a senhora bate no meu ombro e diz: "Moça, esta fila é da primeira classe, a de turistas é aquela ao fundo."
Me armei de paciência e respondi: "Sim, senhora, eu sei."
Queria ter dito que eu pagara minha passagem enquanto a dela o povo pagara, mas não disse. Ficou por isso.
De repente, o senhor disse à mulher, bem alto para que eu escutasse: "Até parece que vai de mudança, como os retirantes nordestinos".
Eu só sorri. Terminei o check in e fui encontrar meus pais.
Pouco depois bateram à porta, era o casal querendo cumprimentar o escritor. Não mandei a putaquepariu, apesar de desejar fazê-lo. Educadamente disse não.
Hoje, quando vi na tv o Senador dizendo que foi agredido por um repórter, por isso tomou seu gravador, apagou seu chip, eteceteraetal, fiquei muito retada, me deu uma crise de mariasampaismo e resolvi contar este triste episódio pelo qual passei.
Só eu e o gerente da Varig fomos testemunhas deste episódio, meus pais nunca souberam de nada.

PS: O PREPOTENTE é o Senador Roberto Requião do Paraná.

ESSE SENHOR NÃO PODE SER ESQUECIDO........... 
Assista mais uma vez.................